Grupo americano Caçadores da Noite está atuando na fronteira da Venezuela com a Colômbia (Foto: The SUN)
Grupo americano Caçadores da Noite está atuando na fronteira da Venezuela com a Colômbia (Foto: The SUN)

Os Estados Unidos realizaram nesta quarta-feira (22) um segundo bombardeio em menos de 48 horas no Oceano Pacífico, deixando três mortos, de acordo com o secretário de Guerra norte-americano. A ação, conduzida em águas internacionais, foi autorizada pelo presidente Donald Trump, que tem intensificado operações militares na região.

O novo ataque ocorre menos de dois dias após outro bombardeio, registrado na terça-feira (21), quando um barco foi atingido próximo à costa da Colômbia, fronteira com a Venezuela, também fora de águas territoriais, resultando na morte de duas pessoas. A imprensa dos Estados Unidos afirma que as operações fazem parte de uma ofensiva mais ampla na costa da América do Sul, com foco na pressão ao governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Segundo o jornal The Washington Post, Trump assinou recentemente um documento confidencial autorizando a CIA a adotar medidas agressivas contra o regime de Maduro, com potencial para provocar a derrubada do governo. O texto, citado por fontes do governo norte-americano, descreve a ação como parte de uma “estratégia de desestabilização” que inclui operações secretas e o reforço de presença militar no Caribe.

A movimentação de helicópteros militares norte-americanos na região também chamou atenção nos últimos dias. As aeronaves, segundo analistas militares, pertencem à unidade de elite “Night Stalkers”, oficialmente conhecida como 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais (SOAR).

Criado na década de 1980, o grupo é especializado em operações noturnas e de alta complexidade, sendo responsável por algumas das missões mais secretas dos Estados Unidos — entre elas, a operação que matou o terrorista Osama Bin Laden, em 2011, no Paquistão.

Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, os “Caçadores da Noite”, como são conhecidos, têm atuado em diferentes frentes da chamada “Guerra ao Terror”, e hoje prestam apoio ao Comando Sul das Forças Armadas americanas, responsável pelas operações na América do Sul e no Caribe.

O Pentágono não detalhou o alvo dos recentes bombardeios, mas a sequência de ações eleva as tensões na região e reforça o sinal de que Washington amplia seu envolvimento militar próximo à Venezuela.