Dia da MPB é celebrado dia 17 de outubro (Foto: Divulgação)
Dia da MPB é celebrado dia 17 de outubro (Foto: Divulgação)

O Brasil celebra nesta sexta-feira, 17 de outubro, o Dia da Música Popular Brasileira (MPB). A data é dedicada à diversidade sonora, à poesia e à identidade cultural do país, além de marcar o nascimento de Chiquinha Gonzaga, considerada a primeira compositora oficial da música popular brasileira, nascida em 1847, no Rio de Janeiro.

A Música Popular Brasileira surgiu da mistura de influências africanas, indígenas e europeias, que se fundiram durante o período colonial. No século XIX, ritmos como a modinha e o lundu abriram caminho para novas expressões musicais. Já no início do século XX, o samba se consolidou como o coração da cultura popular, e a partir da década de 1960, a MPB ganhou contornos modernos, com letras mais poéticas e engajadas.

O Dia da MPB foi instituído pela Lei nº 12.624, de 9 de maio de 2012, que também homenageia Chiquinha Gonzaga. Considerada uma mulher pioneira, ela rompeu barreiras sociais e artísticas no século XIX. Autora de obras que atravessaram gerações, como “Ó Abre Alas”, primeiro samba carnavalesco da história, Chiquinha também fundou a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT) e inspirou nomes fundamentais da música brasileira.

Cinco álbuns essenciais para entender a MPB:

Para celebrar a data, vale revisitar alguns dos discos mais marcantes da história da música brasileira. Obras que definiram estilos e ajudaram a contar a trajetória do país por meio de canções. Confira:

“Elis & Tom” (1974) – Gravado em Los Angeles, o encontro entre Elis Regina e Tom Jobim resultou em uma obra-prima. O álbum reúne interpretações intensas e delicadas de clássicos como “Águas de Março” e “Corcovado”, mostrando o equilíbrio perfeito entre voz e melodia.

“Construção” (1971) – Considerado o trabalho mais emblemático de Chico Buarque, o disco combina poesia, experimentação e crítica social em faixas como “Deus lhe Pague” e “Cotidiano”. A canção-título, “Construção”, é um marco na história da música por seu uso inovador da linguagem e da métrica.

“Tropicália ou Panis et Circensis” (1968) – Mais que um álbum, é um manifesto cultural. Reunindo Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes e Tom Zé, o disco simboliza a ousadia do movimento tropicalista, que desafiou padrões e misturou guitarras elétricas, samba, poesia e política.

“Clube da Esquina” (1972) – Criado por Milton Nascimento e Lô Borges, o álbum é um mosaico sonoro que une rock progressivo, samba e referências andinas. Músicas como “Tudo que Você Podia Ser” e “Cravo e Canela” expressam a alma mineira e a busca por liberdade artística.

“Acabou Chorare” (1972) – Com os Novos Baianos, o disco é sinônimo de alegria e experimentação. Misturando samba, choro, baião e rock, o grupo liderado por Baby do Brasil e Pepeu Gomes criou um som livre e contagiante, com faixas como “Brasil Pandeiro” e “Preta Pretinha”.