
A diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro segue marcante. O nível de ocupação dos homens foi de 62,9%, enquanto o das mulheres ficou em 44,9%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que, proporcionalmente, os homens continuam mais inseridos no mercado de trabalho do que as mulheres, uma tendência observada em todas as regiões e faixas etárias do país.
Desigualdade por sexo e raça
O recorte por cor ou raça mostrou que a diferença de gênero se mantém em todos os grupos analisados. Entre os homens, o nível de ocupação variou de 64,6% entre os pretos a 61,3% entre os pardos. Já entre as mulheres, os índices foram de 47,4% para as brancas a 42,1% para as pardas.
A situação é ainda mais crítica entre a população indígena, que apresentou níveis de ocupação menores para ambos os sexos: 48,1% para os homens e apenas 30,8% para as mulheres.
De acordo com o IBGE, as desigualdades refletem não apenas diferenças históricas no acesso ao mercado de trabalho, mas também barreiras educacionais, sociais e regionais que impactam principalmente mulheres e populações negras e indígenas.
Faixa dos 35 a 39 anos tem maior ocupação
Em termos etários, o grupo com maior participação no mercado de trabalho foi o de 35 a 39 anos, com um nível de ocupação de 72,8%. Nesse grupo, 82,6% dos homens estavam ocupados, contra 63,6% das mulheres.
A partir dessa faixa, a taxa de ocupação declina gradualmente, chegando a 14,9% entre pessoas com 65 anos ou mais. A diferença entre os sexos, contudo, permanece em todas as idades, reforçando o padrão de desigualdade de gênero no trabalho.
Trabalho entre adolescentes é restrito por lei
Entre os adolescentes de 14 a 17 anos, a taxa de ocupação foi de 13,2% para os meninos e 9,0% para as meninas. O IBGE lembra que, pela legislação brasileira, o trabalho é permitido a partir dos 16 anos, desde que não seja em atividades perigosas, insalubres ou noturnas.
Para jovens de 14 e 15 anos, o trabalho é permitido somente na condição de aprendiz, em programas que conciliem atividade prática e formação profissional.