Igo Brasil. (Foto: Reprodução).
Igo Brasil. (Foto: Reprodução).

Igo Brasil foi exonerado do cargo de superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) de Roraima. O motivo seria uma decisão do Governo Federal que iniciou uma série de exonerações de indicados políticos de deputados  em cargos de ministérios e estatais de todo o país que votaram contra Medida Provisória (MP) que previa aumento de impostos.

Igo Brasil foi nomeado como superintendente do DNIT-RR em maio de 2023 pelo o então ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). Ele foi indicado ao cargo pela deputada Helena Lima (MDB-RR). A equipe da FolhaBV o procurou para falar sobre o assunto, e ele respondeu: “Como a questão não é técnica, não tenho como me manifestar sobre a decisão”, disse.

Publicação saiu no Diário Oficial da União na última sexta-feira (10). A votação da MP ocorreu na quarta-feira (08), e foi rejeitada por 251 votos contra 193 a favor. A medida era uma estratégia que o governo tinha como “aposta” para conseguir manter a arrecadação em 2026, tendo em vista, que a previsão de impacto seja de R$20 bilhões no orçamento público.

Além de Igo Brasil no Ministério dos Transportes,  superintendentes do Ministério da Agricultura do Pará,  Minas Gerais e Maranhão também foram exonerados dos cargos.  A previsão é que haja mais retiradas de aliados considerados “infiéis” durante as próximas semanas.

De acordo com as informações divulgadas, os partidos mais afetados com a decisão do governo foram PSD, MDB, União Brasil e PP. Porém, apesar dessas mudanças, esses partidos mantêm controle em estatais como Caixa Econômica Federal, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Telebras, diretorias dos Correios e indicações em cargos regionais de ministérios.