Cinquenta vacas foram inseminadas com sêmen da raça Wagyu em Boa Vista, no início de um projeto que busca introduzir o melhoramento genético na pecuária de Roraima. Conhecida mundialmente pela carne marmorizada, macia e de sabor intenso, a raça japonesa é referência no mercado premium e começa a ser adaptada à savana amazônica.
A iniciativa é da AG Agropecuária, empresa sediada na capital. Segundo o CEO, Vilton Lima, a expectativa é que, a partir de 2026, nasça o primeiro rebanho Wagyu em território roraimense.
“A genética Wagyu eleva o nível da produção de carne, tanto em qualidade quanto em valor de mercado nacional e internacional, visando, principalmente, o mercado da Guiana e do Caribe. Esse trabalho vai permitir que os produtores locais alcancem melhores resultados econômicos e tragam para Roraima uma nova referência em carne nobre. Além disso, é um investimento no desenvolvimento sustentável da pecuária, com foco em eficiência e produtividade”, afirmou.
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Expectativas da inseminação
O processo de inseminação pode ser feito com sêmen puro da raça, para preservar a linhagem, ou por meio do cruzamento industrial, quando vacas de outras raças recebem o sêmen de touros Wagyu. Neste caso, segundo Vilton, a proposta é ampliar gradualmente a qualidade da carne produzida e tornar a genética mais acessível aos pecuaristas.
Ainda de acordo com CEO, o cruzamento do Wagyu com o Nelore, predominante na savana amazônica, deve resultar em animais de alto rendimento, capazes de colocar Roraima no mapa da exportação de carne de qualidade superior.
