A sexta edição da Feira Internacional de Gastronomia Amazônica, FIGA 2025, foi um sucesso de público e de negócios.
Durante três dias foram aconteceram no palco principal, nove palestras e cinco aulas show com chefs renomados. Aconteceu no primeiro dia, a Conferência Empresarial da Abrasel no Amazonas, onde os empresários do setor de alimentação fora do lar ficaram atentos as falas sobre gestão, marketing, delivery e muito mais.
No sábado e no domingo, a gastronomia das “Amazônias” entrou em cena. No dia 4 de outubro, iniciamos com a palestra da Fundação Pachamama (que quer dizer, Mãe Terra) com a Diana Mora, coordenadora de monitoramento, avaliação e aprendizagem da Fundação junto com o chef Esteban Tapia da Universidade de San Francisco de Quito/ Equador.
O chef Hiroya Takano apresentou a técnica japonesa do Karasumi para desenvolver a Bottarga amazônica com pescada amarela.
A chef mato-grossense Ariani Malouf mostrou na sua aula como empreender com sucesso em buffet e restaurantes, ainda trouxe para a degustação do público sua criação, um prato inspirado no pantanal, Amazônia e suas raízes libanesas. E no final passou um doce de caju para adoçar a plateia.
O projeto Gigantio da FAS – Fundação Amazônia Sustentável com o palestrante Wildney Mourão que mostrou que é possível através de um QR-Code identificar as informações comprovando a procedência do peixe pirarucu, local e dia da pesca.
E finalizamos o sábado com uma aula magistral da chef número um da América Latina Marsia Taha que fez duas receitas no palco usando pirarucu com crosta de guaraná em pó e um caldo aromatizado e defumado com ervas servido dentro de um coco.
O domingo, iniciou com uma palestra sobre o tubérculo Ariá, um alimento de memória afetiva com o jovem pesquisador Eli Minev Benzecry, a pesquisadora do INPA Noemia Kazue Ishikawa e com o convidado Tyson Ferreira do povo Sateré Mawé.
Em seguida, a chef Val Cabral de Cuiabá falou sobre o empreendedorismo nas comunidades e favelas, um projeto liderado por ela que foi elaborado pela Abrasel nacional.
E quem esteve no evento domingo teve uma aula de cultura alimentar do manauara e do amazonense ministrada pela chef Selma Reis que foi excepcional. Selma trouxe consigo a paixão pela cozinha, as suas lembranças de família e uma catraia com livros, frutas, ingredientes e utensílios que lembravam a sua infância.
Selma trouxe para a plateia inúmeras delícias que fazem parte do dia a dia do manauara como xis caboquinho, pé de moleque, tapioca com coco, maracujá do mato, pupunha, bolo de macaxeira, quebra queixo, e finalizou sua aula apresentando seu prato que foi uma homenagem ao encontro das águas: Ventrecha de pirarucu em redução de castanha da Amazônia ao encontro das águas, que levava um purê de banana pacovã e outro de açaí, que foi muito elogiado por quem conseguiu experimentar.
O palestrante Cesar Adames, especialista em bebidas e professor da pós-graduação de cozinha brasileira do Senac SP falou sobre “ Bebidas brasileiras de Cabral aos dias atuais”.
E a Feira Internacional de gastronomia amazônica não poderia finalizar de outra maneira senão com uma aula que mostrasse o intercâmbio entre as “Amazônias” brasileira e equatoriana com o chef Esteban Tapia que deu uma aula maravilhosa utilizando o peixe aruanã em um dos pratos e fazendo uma sopa com frango e neapia, o tucupi negro com pimentas em pasta feito pelos povos originários do Equador.
A programação e a curadoria de conteúdo, que é um elemento chave na execução da Feira, foi elaborada pela jornalista e pesquisadora Denise Rohnelt Araujo, que atua na seleção do tema e no intercâmbio de experiências dos chefs de cozinha e palestrantes convidados desde 2015.
A FIGA ainda teve um local específico para artesanato e economia criativa, exposição e venda de ingredientes com indicação geográfica, praça de alimentação, vários países representados por seus consulados, e a oficina de culinária para crianças que sempre agrada os kids e seus pais.
O presidente da Abrasel no Amazonas, Franco Andrade registrou o sucesso de publico e negócios na sexta edição da FIGA e anunciou que o evento deve se tornar anual.
Agora é ficar atento ao site e ao Instagram do evento @figaamazonia, as informações para 2026 quando forem divulgadas.