A Câmara de Comércio Brasil-Guiana se colocou à disposição do governo guianense para intermediar as negociações sobre o transporte internacional de cargas, após queixas de transportadores da Guiana por falta de reciprocidade no acordo com o Brasil. O comunicado foi enviado ao presidente Irfaan Ali e a ministros da Guiana.
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No documento, a Câmara reconhece as divergências operacionais entre empresas dos dois países e confirma que o regime que permite a atuação de transportadoras brasileiras em território guianense é uma medida provisória, até a plena implementação do Acordo de Transporte Internacional de Passageiros e Cargas.
A entidade destacou que o processo de homologação está praticamente concluído, já que empresas brasileiras iniciaram a obtenção de licenças originárias e aguardam apenas a validação das autoridades da Guiana. No entanto, informou que “até a presente data, não foram identificadas, junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), solicitações de homologação por parte de empresas guianenses”.
Com isso, a Câmara se ofereceu para “prestar o suporte técnico e institucional necessário”, ajudando transportadores da Guiana a regularizar suas operações e evitar impactos econômicos bilaterais. O texto ainda enfatiza a importância de manter o diálogo e de “garantir a estabilidade e a previsibilidade das operações” para não prejudicar as economias dos dois países.
O impasse ocorre em meio à avaliação do governo guianense sobre possíveis restrições à entrada de cargas brasileiras, conforme noticiado pela Folha BV. Apesar disso, autoridades dos dois lados afirmam que o acordo de transporte já está em operação e em fase final de adequações administrativas.