OPERAÇÃO ATLAS

Ministro diz que exercício militar em Roraima visa treinar Brasil para proteger a Amazônia

José Múcio disse que Operação Atlas tem como foco a interoperabilidade entre Exército, Marinha e Aeronáutica

O ministro da Defesa, José Múcio, em discurso durante evento da Operação Atlas (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
O ministro da Defesa, José Múcio, em discurso durante evento da Operação Atlas (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta sexta-feira (3), em Boa Vista, que a Operação Atlas não tem relação direta com ameaças estrangeiras, mas sim com a necessidade de preparar as Forças Armadas para proteger a Amazônia e a soberania nacional. A declaração foi dada após a demonstração militar que reuniu 6,5 mil militares e centenas de equipamentos na Base Aérea da capital.

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Segundo o ministro, a operação tem como foco a interoperabilidade entre Exército, Marinha e Aeronáutica. Ele explicou que o treinamento “é para verificar falhas, corrigir e aprimorar o trabalho de defesa do País”, além de testar a logística em uma das regiões mais desafiadoras do Brasil.

Múcio reforçou que não há “nenhuma querela com vizinhos”, mas destacou que o Brasil precisa estar pronto para diferentes tipos de ameaças. Ele citou crimes organizados, invasões ilegais e mudanças climáticas como exemplos de “guerras” enfrentadas diariamente pelo País.

“Estamos exercitando a defesa do nosso País neste ou em qualquer momento. Não temos nenhuma querela com nenhum vizinho, o Brasil é pacífico, mas precisamos treinar muito para um jogo que nós não desejamos que aconteça”, disse.

O ministro também lembrou que a escolha de Roraima para o exercício se deve à dificuldade de acesso da região amazônica. Segundo ele, tropas levaram até 17 dias para se deslocar por rios, o que reforça a importância de testar a mobilidade e a resistência em ambientes extremos.

“Essa é a maior operação já realizada no Brasil e começou muito antes desses conflitos todos. Ela serve para tudo o que ameaça o País, do garimpo ilegal à defesa do território”, concluiu.

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