OPERAÇÃO ATLAS

Brasil usará invasão fictícia para testar capacidade de defesa no maior exercício militar de 2025

Dos dez mil militares da operação espalhada por três estados, 6,8 mil estão em Roraima para a ação dos próximos dias

Caminhão do Exército Brasileiro na primeira Brigada de Infantaria de Selva (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Caminhão do Exército Brasileiro na primeira Brigada de Infantaria de Selva (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Iniciada em junho, a Operação Atlas entrará na etapa final de execução nessa quinta-feira (2), no Norte do Brasil. O maior exercício militar do Brasil em 2025 será a oportunidade do País de testar a própria capacidade de defesa terrestre, aérea e marítima e de alinhamento entre as Forças Armadas.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (30), em Boa Vista, o coordenador de operação pelo Exército, general Ricardo Augusto do Amaral Peixoto, explicou que o País usará uma situação de invasão fictícia durante o treinamento.

Situação fictícia será usada na Operação Atlas (Foto: Lucas Luckezie/FolhaBV)

Na história irreal, o Brasil é um continente chamado Aurélia, o Amapá e a parte Central-Norte do Pará formam um País conhecido como Cobre, Roraima se torna em uma nação chamada Ouro, enquanto o restante do território nacional vira Azúria.

“Nesses países, em uma evolução de questões políticas e comerciais, acaba existindo uma fricção entre Cobre, Azúria e Ouro, fazendo com que haja concentração estratégica de tropas de Azúria para defesa de Ouro, que pode ser invadido por Cobre”, explicou o general durante a apresentação.

O coordenador de operação pelo Exército, general Ricardo Augusto do Amaral Peixoto, fala sobre a Operação Atlas (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Dos dez mil militares da operação, 6,8 mil estão em Roraima para o exercício militar dos próximos dias. Só do Exército, 3.607 vieram de 33 guarnições e 105 organizações militares espalhadas pelo País. A força ainda tem 474 viaturas à disposição.

“Esses problemas simulados serão integrados entre as forças para que cada uma, de forma conjunta, cumpra determinada missão, dentro do contexto de manobras defensivas e ofensivas, e operações de estabilização”, complementou Peixoto.

Durante o período, as decisões da Operação Atlas irão se concentrar em centros de comando situados na primeira Brigada de Infantaria de Selva (Exército), na Base Aérea (Força Aérea Brasileira), ambas em Boa Vista, e em Belém (Marinha do Brasil).

Na sexta-feira (3), as três forças irão se reunir na Base Aérea da capital de Roraima para a Formatura de Apronto Operacional, com a presença do ministro da Defesa, José Múcio. O evento incluirá apresentações dos principais meios empregados na operação. “Essa demonstração de capacidade vai ser um evento dinâmico com evoluções, com blindados, com paraquedistas, com as aeronaves da Força Aérea”, exemplificou.

Depois, a operação terá para uma espécie de assalto aeromóvel na BR-401 no dia 7, exercício de ataque em Normandia no dia 8 e exercício de tiro real da força tarefa conjunta em Bonfim no dia 9.

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