A Escola Municipal Palmira de Castro Machado passou a contar com um Jardim Neurossensorial, ambiente pedagógico criado para estimular os cinco sentidos, favorecer a inclusão social e apoiar o desenvolvimento integral dos estudantes. O espaço reúne cores, texturas, aromas e elementos interativos que funcionam como extensão da sala de aula e permitem novas formas de aprendizagem em contato com a natureza.
Segundo especialistas, o ambiente contribui para o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional das crianças, além de auxiliar na regulação em momentos de crise, especialmente entre alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e outras necessidades específicas.
A professora da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), Mayane Oliveira, explicou que o espaço já traz impactos positivos no cotidiano escolar. “É um ambiente acolhedor, extensão da SRM, que promove o desenvolvimento sensorial, atenção, concentração, memória e linguagem. É um espaço valioso que beneficia todos os alunos e serve como suporte pedagógico para professores e cuidadores”, destacou.
O gestor da unidade informou que a implantação do Jardim só foi possível com recursos do Prêmio Gestão Escolar 2024, quando a escola conquistou o 2º lugar na categoria Grande Porte. “É mais uma conquista para a comunidade. Esse espaço vai contribuir de forma significativa, porque é um ambiente pedagógico diferenciado, onde professores e cuidadores poderão propor atividades educativas de forma acolhedora e didática”, disse.
Participação das famílias
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Pais e alunos celebraram a inauguração do espaço. Para as famílias, o Jardim representa acolhimento e cuidado no processo de aprendizagem.
Eline Gomes, mãe de David, de 9 anos, que tem autismo e TDAH, contou que a iniciativa trouxe avanços para o filho. “Ajuda muito na regulação dele, com as texturas, cores e estímulos. É um espaço bem colorido e criativo, que vai agregar ainda mais ao ensino e ao autocontrole das crianças que precisam de apoio, não só as atípicas. Desde que chegou à escola, meu filho teve avanços importantes. Logo aprendeu a ler e vem desenvolvendo cada vez mais tanto na sala regular quanto na sala de recursos”, relatou.
Os estudantes também aprovaram o espaço. “O lugar que eu mais gostei foi o dos canos das bolinhas”, disse David. Já Davi Matheus, de 10 anos, destacou a experiência com os elementos interativos. “Gostei de sentir a textura das coisas e de brincar aqui. Vai ser mais uma opção para a sala de Recursos Multifuncionais”, completou.
