O presidente evitou responder diretamente sobre a suposta intenção de derrubar o regime de Nicolás Maduro (Foto: Divulgação)
O presidente evitou responder diretamente sobre a suposta intenção de derrubar o regime de Nicolás Maduro (Foto: Divulgação)

O governo dos Estados Unidos intensificou a política de revogação de vistos para autoridades e lideranças estrangeiras durante a gestão de Donald Trump. Nos últimos dias, novos nomes passaram a integrar a lista de políticos impedidos de entrar no país.

A presidenta nacional do PSOL, Paula Coradi, teve seu visto de entrada cancelado após participar do Congresso dos Socialistas Democratas da América, realizado em agosto. Segundo Coradi, a medida foi uma retaliação política.

Outro alvo foi o advogado-geral da União, Jorge Messias, que teve a decisão confirmada pela agência Reuters nesta segunda-feira (22). De acordo com uma autoridade de alto escalão do governo norte-americano, além de Messias, cinco outras autoridades atuais e ex-integrantes do Judiciário brasileiro também perderão o direito de entrada nos EUA, embora seus nomes não tenham sido revelados.

Em nota oficial, Messias classificou a medida como “uma agressão injusta” e declarou que continuará exercendo suas funções “em nome e em favor do povo brasileiro”.

A lista de atingidos já incluía ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, além de outros integrantes do governo brasileiro.

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Colômbia também tem políticos vetados

As sanções também ultrapassaram fronteiras. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, teve seu visto revogado após participar de uma manifestação pró-Palestina em Nova Iorque, durante a 80ª Assembleia Geral da ONU. Em comunicado divulgado nas redes sociais, o Departamento de Estado acusou Petro de incitar militares norte-americanos à desobediência e de estimular violência.

Durante o protesto, o mandatário colombiano defendeu a criação de uma força armada internacional para atuar em defesa da população palestina no conflito contra Israel.

Com essas medidas, Washington sinaliza que a política de vistos se tornou mais uma frente de pressão diplomática e política utilizada pelo governo Trump para lidar com autoridades estrangeiras consideradas hostis aos interesses dos EUA.