ECONOMIA

Pesquisa mostra que 65% escondem dificuldades financeiras e 49% sofrem com ansiedade

Setenta por cento dos brasileiros já perderam o sono por dívidas, revela pesquisa

Crise financeira: 70% já perderam o sono e 32% relatam insônia causada por dívida (Foto: Raisa Carvalho)
Crise financeira: 70% já perderam o sono e 32% relatam insônia causada por dívida (Foto: Raisa Carvalho)

Um levantamento recente revela que a relação entre dinheiro e saúde mental é mais profunda do que muitos imaginam. 70% dos brasileiros já perderam o sono por causa de dívidas, segundo pesquisa realizada por uma empresa de negociação de dívidas em parceria com a plataforma Opinion Box, que ouviu 1.240 pessoas entre 8 e 19 de agosto, com margem de erro de 2,8 pontos percentuais.

A pesquisa mostra que, mesmo com 95% dos brasileiros reconhecendo a importância da saúde mental, o estigma em torno das dificuldades financeiras ainda persiste: 65% afirmam se esforçar para esconder problemas de dinheiro. Para quase um quinto da população, a saúde emocional é ainda mais essencial do que o bem-estar físico.

Principais impactos no dia a dia

Entre os efeitos mais relatados pelo aperto financeiro estão:

  • Humor e estabilidade emocional prejudicados: 48%
  • Queda na autoestima: 44%
  • Diminuição de energia e disposição: 32%
  • Dificuldades de concentração no trabalho ou nos estudos: 30%

Além disso, ansiedade é o problema mais comum, afetando 49% dos entrevistados. A insônia também é frequente, relatada por 32% dos brasileiros, e 1 a cada 10 diz ter desenvolvido transtornos alimentares devido ao desgaste emocional provocado pelas dívidas.

Um alerta para saúde mental e sociedade

Os dados reforçam a necessidade de olhar para as finanças não apenas como números, mas como um fator que impacta diretamente a saúde mental da população. Especialistas defendem que o diálogo sobre dinheiro e bem-estar emocional precisa ser aberto, e que estratégias de educação financeira podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida.

O levantamento mostra que, para muitos brasileiros, o aperto financeiro não é apenas uma questão econômica, mas uma questão de saúde pública, que afeta humor, autoestima e até hábitos alimentares. Reconhecer os sinais e buscar apoio emocional e financeiro pode ser o primeiro passo para quebrar o ciclo de ansiedade e insônia ligado às dívidas.

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