Você já se assustou ao ver sua zamioculca “chorando”, com gotas brilhantes escorrendo de suas folhas? Para muitos, parece sinal de doença, mas esse fenômeno — chamado gutações — é uma forma natural da planta liberar excesso de água. O problema é que, quando isso acontece com frequência, pode indicar erros no cultivo que comprometem a saúde da espécie. A boa notícia é que existem macetes simples que ajudam a evitar esse excesso sem prejudicar a beleza da planta que virou queridinha em lares e escritórios.
Zamioculca e o segredo de sua resistência
A zamioculca é conhecida por ser uma das plantas mais resistentes para ambientes internos, tolerando longos períodos sem rega. Segundo a Embrapa, ela se adapta bem até em condições de baixa luminosidade, mas não tolera excesso de água nas raízes. Quando mal cuidada, responde justamente com essas lágrimas nas folhas. Já um artigo da Revista Globo Rural explica que o excesso de gutações pode até atrair fungos e pragas, comprometendo seu desenvolvimento a longo prazo.
Ajustando a rega corretamente
O principal motivo da zamioculca “chorar” é a rega em excesso. O truque aqui é simples: só regue quando o substrato estiver completamente seco. Insira o dedo cerca de 3 cm na terra; se sentir umidade, espere mais alguns dias. Esse cuidado evita acúmulo de água nas raízes e a necessidade da planta eliminar o excesso em forma de gotas. Jardineiros experientes recomendam, inclusive, que no inverno a rega seja reduzida pela metade, já que a evaporação é mais lenta.
O papel do substrato e do vaso
Outro fator determinante está no tipo de substrato. Um solo compacto retém água demais e aumenta as chances de gutações. Use sempre uma mistura leve com areia grossa, perlita ou pedrisco para favorecer a drenagem. Além disso, vasos com furos largos no fundo e camada de argila expandida ajudam a manter o equilíbrio. De acordo com a Casa e Jardim (Globo), esse detalhe faz diferença especialmente em ambientes fechados, onde a circulação de ar é limitada.
Controle da umidade do ambiente
Nem sempre é a água no solo a responsável pelas lágrimas da zamioculca. Ambientes úmidos demais, como banheiros ou cozinhas, também podem intensificar o problema. Colocar a planta em locais com melhor ventilação e afastada de janelas onde a chuva atinge diretamente as folhas ajuda bastante. Em regiões litorâneas, onde a umidade é naturalmente alta, um truque eficiente é posicionar a zamioculca perto de fontes de calor moderado, como uma parede que receba sol indireto.
A iluminação faz diferença
Muita gente acredita que a zamioculca vive bem em qualquer canto da casa, mas a realidade é que ela prefere ambientes iluminados. Segundo o site internacional The Spruce, quando a planta está em locais muito escuros, tende a absorver menos água, o que aumenta as chances de acúmulo hídrico e consequente gutações. Posicionar sua zamioculca em locais com luz indireta brilhante ajuda a equilibrar o ciclo de transpiração e reduzir o “choro”.
Nutrição equilibrada para folhas mais fortes
Outro macete importante é não exagerar nos fertilizantes líquidos. Adubar a zamioculca uma vez a cada dois meses, com fórmulas equilibradas NPK, já é suficiente. O excesso de nutrientes pode forçar a absorção de água, acelerando o processo de eliminação em gotas. Nutrindo de forma moderada, você fortalece as raízes e reduz esse escape hídrico indesejado.
Por que cuidar do “choro” é essencial
Além de prejudicar a estética, já que as folhas ficam marcadas pelas gotículas, o choro da zamioculca pode indicar que o sistema radicular está em risco. Raízes constantemente encharcadas apodrecem facilmente, e isso coloca em xeque a fama de “planta indestrutível”. Pequenos ajustes no cultivo não apenas evitam as lágrimas, mas também prolongam a vida da planta, mantendo suas folhas sempre brilhantes e eretas.
No fim das contas, cada lágrima é um recado silencioso da sua zamioculca. Quando você aprende a escutar, a planta agradece com mais vigor, beleza e vitalidade.