O presidente da Guiana, Irfaan Ali, usou nesta quarta-feira (24) a tribuna da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para denunciar agressões e ameaças do regime de Nicolás Maduro. Ele afirmou que seu País continuará defendendo o território de Essequibo, alvo de disputa entre os dois países.
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“A Guiana, um pequeno e pacífico Estado, tem suportado repetidas ameaças e agressões da República Bolivariana da Venezuela”, declarou Ali. Ele lembrou que a disputa está sob análise da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que em 2023 determinou medidas provisórias para impedir mudanças no status da região.
Mesmo assim, segundo Ali, “a Venezuela persiste com leis unilaterais e ameaças de anexação, violando flagrantemente o direito internacional, a Carta da ONU e os princípios que sustentam a ordem global”.
O presidente guianense destacou que o País não aceitará intimidações.
“Os princípios de soberania, integridade territorial e não interferência não são negociáveis. Não vamos ceder à coerção ou à intimidação”, disse.
O discurso também teve agradecimentos aos aliados internacionais pela solidariedade na defesa do território.
“Se os direitos de um pequeno Estado podem ser pisoteados e ordens legalmente vinculativas ignoradas, que proteção resta para qualquer nação?”, questionou Ali.
A disputa pelo Essequibo se intensificou em 2023, quando o governo venezuelano promoveu um referendo para anexar a região, rica em petróleo e recursos naturais. A Guiana, por sua vez, tem reforçado sua defesa diplomática, apoiando-se em decisões da CIJ e em alianças internacionais.