O governo federal anunciou nesta semana uma mudança no Cartão Nacional de Saúde (CNS): a partir de agora, o documento passa a exibir nome completo e CPF em substituição ao número anterior. A medida foi apresentada pelos ministérios da Saúde e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Segundo o Ministério da Saúde, a atualização deve resultar na inativação de 111 milhões de cadastros até abril de 2026. Desde julho, cerca de 54 milhões já foram suspensos. A expectativa é que 11 milhões de registros sejam inativados mensalmente, até que a base do Sistema Único de Saúde (SUS) corresponda ao número de CPFs ativos na Receita Federal: 228,9 milhões.
Durante coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que a mudança não compromete o atendimento de pacientes sem CPF.
“Não estamos deixando ninguém para trás. As pessoas que não têm CPF ainda vão continuar a ser atendidas”, afirmou. “Não há sistema nacional de saúde público que tenha o volume, a diversidade e a complexidade dos dados que tem o SUS.”
De acordo com a pasta, a iniciativa foi viabilizada pela integração entre o CadSUS e a base de dados da Receita Federal, que agora utilizam o CPF como identificador único. A mudança deve facilitar o acesso a informações já disponíveis, como histórico de vacinas e a lista de medicamentos obtidos pelo programa Farmácia Popular.