Cotidiano

Moradores reforçam segurança próximo a imóvel invadido por imigrantes

O medo passou a fazer parte do dia a dia de moradores da rua José Pinheiro, no bairro Liberdade, em um trecho entre as avenidas Mário Homem de Melo e Ataíde Teive, por conta de uma casa invadida por um grupo de imigrantes. Nos imóveis vizinhos, eles aumentaram muros, colocaram câmeras de segurança e cercas elétricas. 

Os moradores contam que na casa invadida vivem cerca de 50 venezuelanos entre bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Eles disseram que o local é até tranquilo durante o dia, mas à noite começa a movimentação, muita briga, gritaria. Segundo eles, a polícia já foi acionada para prender um homem que supostamente vendia drogas.

Durante a entrevista com a equipe de reportagem, uma moradora pediu para falar baixo ao alegar que não se sentia segura por relatar o que está acontecendo, porque, segundo ela, alguém poderia estar ouvindo. “De uns tempos para cá, o sossego acabou. Se vocês prestarem atenção, a maioria das casas próximas dessa que foi invadida está com cerca elétrica ou câmeras. Foi preciso garantir a segurança, pois já tive objetos furtados da varanda da minha casa”, comentou. Ela disse que conhecia os primeiros donos da residência invadida, que foi vendida, e hoje não sabe a quem pertence o imóvel. 

Outro morador diz que precisou colocar uma cerca elétrica e aumentar o muro da casa desde que os imigrantes passaram a morar no imóvel, invadido em 2017. “Primeiro era uma turma de venezuelanos, que saiu, depois veio outra, que também já saiu, e assim vai. Não posso dizer que tem um que more aí há bastante tempo. Já denunciamos para a polícia, que vem e prende, mas não tem jeito. A minha casa já foi furtada, mas não tenho como provar que foram eles”, relatou.

O morador contou que conhece o dono do imóvel, que segundo ele mora na cidade de Anápolis, em Goiás. “Ele veio uma vez, tirou os imigrantes, foi embora e os venezuelanos invadiram de novo. Ele sabe que a casa foi invadida por esse grupo, mas quando toco nesse assunto ele desconversa. Já entrei na casa invadida. É muita sujeira, inclusive dei sacos de lixo para que esses imigrantes recolhessem o lixo e colocassem para fora em dias que o caminhão passa”.

A reportagem foi até a casa onde estão morando os imigrantes. Logo no muro há um cartaz improvisado dizendo em espanhol que no local são feitos serviços de cabeleireiro. Diferente da versão contada por um morador próximo do imóvel, o venezuelano Ender Guevara, 22 anos, diz que é da cidade de El Tigre, na Venezuela, e conversou com a equipe enquanto segurava a filha de três meses no colo. Ele disse que na casa vivem 12 famílias e que o imóvel foi cedido pelo irmão do dono, que morreu. “Moramos aqui há cinco meses, o dono daqui faleceu e o irmão dele cedeu a casa pra gente morar”, disse. 

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.