EM DEZEMBRO

Mutirão de Cirurgias de Hérnia vai atender pacientes do SUS em Roraima

As cirurgias serão voltadas exclusivamente para pacientes do SUS, priorizando aqueles que já estão na fila de espera há mais tempo

Em entrevista ao programa Quem é Quem, a médica cirurgiã Rochelle Távora explicou os detalhes do mutirão que será realizado em dezembro. (Foto: Reprodução)
Em entrevista ao programa Quem é Quem, a médica cirurgiã Rochelle Távora explicou os detalhes do mutirão que será realizado em dezembro. (Foto: Reprodução)

A médica cirurgiã Rochelle Távora, única representante de Roraima na Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH), falou nesta sexta-feira (19), em entrevista ao programa Quem é Quem, apresentado por Cida Lacerda, na Rádio Folha FM 100.3, sobre o mutirão de cirurgias que será realizado no estado.

De acordo com Rochelle, o mutirão está previsto para ocorrer de 8 a 13 de dezembro, com a expectativa de realizar cerca de 70 cirurgias em apenas quatro dias. Os procedimentos serão feitos no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista, e também no Hospital de Rorainópolis.

As cirurgias serão voltadas exclusivamente para pacientes do SUS, priorizando aqueles que já estão na fila de espera há mais tempo. Casos complexos, antes encaminhados para Tratamento Fora do Domicílio (TFD), também poderão ser resolvidos no estado.

Segundo ela, pacientes com obesidade grave ou doenças não controladas, como diabetes e hipertensão, não poderão participar desta etapa, mas devem ser contemplados quando a Secretaria de Saúde retomar as cirurgias eletivas.

O projeto, conforme explicou, tem apoio da Secretaria de Saúde, da Assembleia Legislativa, do CRM, da Universidade Federal de Roraima, da Faculdade Cathedral e de parlamentares como os deputados Cláudio Cirurgião e Zé Haroldo. As telas cirúrgicas, insumos de alto custo, foram doadas pela SBH, em parceria com as empresas Meditronic e ABD. Todos os cirurgiões, de acordo com Rochelle, atuarão de forma voluntária.

A ação contará ainda com 16 médicos locais e anestesistas. Depois do mutirão, está prevista uma jornada científica para troca de experiências e atualização de profissionais. Entre os nomes confirmados estão o presidente da SBH, Dr. Gustavo Soares, além de especialistas como Dr. Maurício Campanelli Costas, Dr. Maurício Francis e Dr. José Júlio do Rego Monteiro.

Origem e importância

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE



A ideia, conforme relatou Rochelle, surgiu em julho, durante o Congresso Brasileiro de Hérnia, em Campinas, quando apresentou a realidade de Roraima e recebeu incentivo de colegas da Sociedade para realizar a ação no estado. Em agosto, no Congresso do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Rio de Janeiro, ela apresentou o projeto ao deputado Cláudio Cirurgião, que teria abraçado a proposta prontamente.

Durante a entrevista, a cirurgiã ressaltou que toda hérnia precisa de cirurgia e explicou que os procedimentos podem ser feitos pela técnica convencional (aberta), por videolaparoscopia ou por cirurgia robótica. Ela citou já ter operado um paciente roraimense em São Paulo por via robótica, mas lembrou que a tecnologia ainda não está disponível em Roraima.

Ela também alertou para os riscos: “Qualquer hérnia pode encarcerar e estrangular. O intestino perde a circulação, necrosa, perfura e pode levar à morte”.

Quanto à recuperação, destacou que o pós-operatório exige repouso e cuidados específicos. Em casos simples, o paciente pode retomar atividades leves em até 15 dias. Já tarefas que exigem esforço, como academia e levantamento de peso, podem necessitar de até 90 dias. Sobre a vida sexual, afirmou que em geral é possível retomar após 15 dias, sempre com orientação médica.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.