O novo campus do Instituto Federal de Roraima (IFRR) em Rorainópolis deve atender até 1.200 estudantes. É o que anunciou a reitora do Instututo, Nilra Jane Filgueira em entrevista no programa Agenda da Semana deste domingo (14).
A medida faz parte de uma expansão de atuação do IFRR no estado. Além disso, integra a política de ampliação da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, que hoje conta com cinco unidades em Roraima e mais de 7 mil alunos matriculados.
“Com essa expansão, entramos com o campus Roraimópolis, e estamos trabalhando para que a tipologia da unidade permita atender até 1.200 estudantes. Inicialmente, começaremos com menos, mas teremos toda a estrutura pedagógica e administrativa pronta para quando houver autorização do conselho superior”, explicou a reitora.
O IFRR oferece cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, com destaque para edificações, eletrônica, eletrotécnica, informática, análises clínicas e secretariado. Além disso, a instituição possui cursos superiores tecnológicos, como gestão em turismo e gestão hospitalar, e bacharelados em agronomia nos campi voltados à área agrícola, como Amajari e Novo Paraíso.
“O campus Amajari atende majoritariamente estudantes indígenas, cerca de 80% a 90% da população estudantil. Temos alojamentos e transporte escolar para garantir a permanência desses alunos, assim como bolsas permanência direcionadas a indígenas e quilombolas”, detalhou a reitora, ressaltando que o transporte escolar chega a percorrer até 50 quilômetros diariamente para levar estudantes ao campus.
Nilra Jane também destacou que o IFRR atua com ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica, assim como as universidades. “Temos patentes e captamos recursos de empresas privadas por meio da lei de informática. Desde 2022, estruturamos toda a legislação interna para aprovar projetos e desenvolver pesquisas”, afirmou.
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Com 32 anos de existência, sendo 16 deles na atual configuração da rede federal, o IFRR investe na formação de professores, no desenvolvimento de mestrados e em capacitação de servidores. A instituição mantém parcerias com universidades, como a Federal Rural do Rio de Janeiro, para qualificar técnicos em gestão e estratégia.
“Ainda enfrentamos desafios orçamentários. Nosso custeio anual gira em torno de R$ 24 milhões, e os investimentos vêm de programas específicos, como o PAC. Mesmo assim, buscamos complementar os recursos para garantir a assistência estudantil, alimentação e manutenção das unidades”, acrescentou Nilra Jane.
O novo campus urbano de Rorainópolis deve ser concluído em aproximadamente um ano e meio, com início paralelo da construção de planos pedagógicos para cursos voltados principalmente à área da saúde, sem sobreposição com as ofertas do campus agrícola de Novo Paraíso. Outras informações sobre o Instituto estão na entrevista completa, disponível no canal da Folha FM no YouTube.