Segundo registros históricos, a mistura de limão, mel e cachaça era usada para tratar gripes e resfriados no início do século XX. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Segundo registros históricos, a mistura de limão, mel e cachaça era usada para tratar gripes e resfriados no início do século XX. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Pouca gente sabe, mas a caipirinha, hoje considerada o drink brasileiro mais conhecido no mundo, surgiu inicialmente como um remédio caseiro. Segundo registros históricos, a mistura de limão, mel e cachaça era usada para tratar gripes e resfriados no interior de São Paulo, no início do século XX. Com o tempo, o sabor caiu no gosto popular e ganhou espaço como bebida típica do país.

(Foto: Nilzete Franco)

A cachaça, base da caipirinha, tem uma trajetória ainda mais longa. O Dia Nacional da Cachaça, comemorado neste sábado (13), marca o episódio da Revolta da Cachaça em 1661, quando produtores se rebelaram contra a proibição imposta pela Coroa Portuguesa. Desde então, a bebida se consolidou como parte da identidade brasileira.

Tradição que atravessa gerações

Gabriel Pinheiro em entrevista à Folha. (Foto: Nilzete Franco)

No Brasil, a caipirinha é consumida em diferentes ambientes, de bares sofisticados a festas populares. Em Roraima, a bebida também é destaque em eventos. O empresário Gabriel Pinheiro, do Cai na Praia Drinks, lembra que, mesmo com a variedade de sabores disponíveis, o limão ainda é o preferido.

“Por incrível que pareça, apesar da gente ter vários sabores, o que mais sai ainda é a caipirinha de limão. É uma fruta versátil, presente tanto na culinária quanto em outros usos do dia a dia”, contou em entrevista à Folha.

Se a versão tradicional é imbatível, as variações têm ganhado espaço. Combinações com frutas regionais, como cupuaçu e maracujá, atraem consumidores em busca de novidades. Gabriel cita o chamado ‘mix’, que reúne cupuaçu, morango e maracujá. “Cada gole traz uma sensação diferente no paladar, misturando acidez, cremosidade e doçura”.

Perfil do consumidor

De acordo com Pinheiro, as mulheres entre 27 e 50 anos representam a maior parte do público que consome caipirinhas em Roraima. A explicação, segundo ele, pode estar no fato de a bebida ser menos calórica do que a cerveja e permitir consumo moderado sem perder o prazer da confraternização.

Patrimônio cultural

Atualmente, a cachaça é reconhecida como patrimônio cultural brasileiro e exportada para diversos países. A caipirinha, por sua vez, é a porta de entrada para quem deseja experimentar a bebida nacional de forma mais leve e refrescante.

Como preparar uma caipirinha de morango com limão

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE



Para quem deseja comemorar a data em casa, uma variação simples e refrescante é a caipirinha de morango com limão. Confira o passo a passo:

  • 4 morangos maduros
  • 1/2 limão em pedaços
  • 2 colheres de sopa de açúcar
  • 50 ml de cachaça
  • Gelo a gosto

Amasse o morango, o limão e o açúcar em um copo. Acrescente a cachaça, complete com gelo e misture bem. A bebida pode ser servida no próprio copo, decorada com uma fatia de limão ou morango na borda.