A Polícia Civil de Roraima desarticulou um grupo criminoso acusado de se passar por policiais civis para cometer furtos e outros crimes em Boa Vista. A investigação, conduzida pelo 4º Distrito Policial (DP) com apoio do Departamento de Inteligência (Deint) da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), resultou na prisão de três homens e na expedição de mandado contra um quarto integrante, que continua foragido.
Segundo a polícia, o grupo é suspeito de cometer mais de 50 crimes na capital. Os criminosos simulavam operações policiais para invadir pontos de tráfico, apreender drogas e dinheiro, além de abordar cidadãos em via pública e subtrair seus bens.
O caso veio à tona após um furto registrado em 10 de julho deste ano, quando um adolescente de 17 anos teve o celular roubado no bairro Pintolândia por homens que se apresentaram como agentes da Polícia Civil. O aparelho foi recuperado e devolvido à vítima.
De acordo com o delegado Thiago Alexandre, responsável pelo caso, o líder do grupo, identificado como C.G.J., de 40 anos, se apresentava falsamente como “delegado Adriano da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes)”. Para dar veracidade às ações, ele utilizava distintivos falsos, colete balístico e até armas de fogo.
“Eles comprometiam não apenas a segurança pública, mas também a credibilidade das instituições policiais. Esse resultado reforça nossa atuação firme contra o crime organizado”, afirmou o delegado.
As prisões ocorreram em dois momentos: o líder do grupo foi detido na terça-feira (9), enquanto outros dois suspeitos, de 25 e 20 anos, foram presos na quarta-feira (10). Todos já estavam recolhidos no sistema prisional por outros crimes e tiveram os novos mandados cumpridos dentro da unidade. O quarto investigado, de 30 anos, continua sendo procurado.
A Polícia Civil informou que a investigação segue em andamento e agora entra em uma nova fase, voltada para responsabilizar os suspeitos pelos demais crimes identificados. Um dos presos confessou participação em todos os delitos apurados até o momento.
A população pode colaborar com informações sobre o foragido. “Caso alguém seja abordado de forma suspeita ou presencie apreensões sem documentação formal, deve entrar em contato imediatamente com o setor de operações do 4º DP, pelo número (95) 99168-2647. Todas as informações serão mantidas em sigilo”, destacou o delegado Thiago Alexandre.
Os três presos foram conduzidos ao 4º DP, onde tiveram as prisões formalizadas. Eles serão apresentados em audiência de custódia e, em seguida, encaminhados novamente ao sistema prisional.
