Em 2024, mais de 119,6 milhões de brasileiros usaram a internet para acessar bancos ou outras instituições financeiras, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 71,2% dos 168 milhões de usuários de internet no país e mostra um salto expressivo: são 22,5 milhões de pessoas a mais do que em 2022, quando a coleta desse indicador começou.
Segundo informações divulgadas pela Agência Brasil, a mudança é perceptível não apenas em termos absolutos, mas também proporcionais. Em dois anos, a fatia de brasileiros conectados que utilizam internet banking passou de 60,1% para 71,2%, um avanço de 11,1 pontos percentuais em pouco tempo. A avaliação é que o aumento se dá pela expansão e popularização dos aplicativos de celular e pela consolidação do Pix como meio de pagamento.
Criado pelo Banco Central em novembro de 2020, o sistema instantâneo já conta com 159,9 milhões de usuários cadastrados até junho de 2024, segundo dados oficiais do BC. O impacto vai além da facilidade de transferências: o Pix tem estimulado o acesso a serviços financeiros digitais, sobretudo entre pessoas que antes não tinham vínculo com bancos.
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O Banco Central registrou, entre o fim de 2022 e o fim de 2024, um aumento de 188,3 milhões para 199,8 milhões de pessoas físicas com contas bancárias, crescimento de 6%. Em junho de 2024, o total chegou a 202,5 milhões de contas ativas, número superior à própria população brasileira, reflexo de pessoas que possuem mais de uma conta em diferentes instituições.
O fenômeno também acompanha outras transformações digitais. O uso da internet para realizar serviços públicos, por exemplo, também cresceu: de 54 milhões de brasileiros em 2022 para 65,2 milhões em 2024, ampliando de 33,4% para 38,8% dos internautas. O mesmo ocorreu com as compras virtuais: enquanto em 2022 42% dos usuários de internet haviam feito encomendas online, em 2024 o índice passou para 48,1%.
Com mais brasileiros conectados, a realidade é que o internet banking deixou de ser exceção e se tornou parte da rotina financeira. Ao mesmo tempo, o avanço do Pix e dos bancos digitais consolida um novo cenário em que a tecnologia redefine a forma como a população lida com dinheiro, de pagamentos instantâneos ao acesso a crédito e serviços públicos.
