O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RR), Marcio Leandro Deodato de Aquino decidiu nesta terça-feira (2) suspender por 30 dias o técnico Jhulian Paulo, do Progresso. A decisão ocorre dois dias após o acusado agredir o árbitro Wasley do Couto na partida contra o Baré pela 11ª rodada do Campeonato Roraimense Sub-20.
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Na decisão, Aquino considerou que o treinador desrespeitou as regras do futebol e o fair play (jogo limpo, em inglês).
“No ato cometido, o tapa e o chute dados no árbitro, demonstraram uma atitude reprovável, mesmo se tivesse razão, principalmente por ser, teoricamente, o exemplo para jogadores em formação”, pontuou, em decisão liminar baseada em boletim de ocorrência e na transmissão da partida.
Jhulian Paulo ainda poderá responder ao processo perante a comissão disciplinar, que é a primeira instância do TJD. Ele e o presidente do Progresso, Tailson Melo, disseram que ainda não foram notificados pela decisão.
O que diz o clube
Melo enviou uma nota oficial do clube, na qual informa que a equipe afastou o técnico e diz que “não compactua com qualquer ato de agressão, seja física ou verbal”.
“O treinador em questão é uma pessoa de conduta tranquila, respeitosa e sem qualquer histórico de agressões ou atitudes semelhantes. O episódio, infelizmente, ocorreu em um momento de forte emoção, quando o profissional presenciou uma entrada extremamente grave sofrida por um de nossos atletas, que resultou em uma lesão gravíssima e, em sua visão, não recebeu a devida punição disciplinar. Ainda que compreendamos a emoção do momento, reconhecemos que a reação não foi adequada”.
O que diz o técnico
Jhulian Paulo pediu desculpas ao árbitro Wasley do Couto, à Federação Roraimense de Futebol (FRF), ao Progresso e aos torcedores do clube pela atitude. Ele disse que a agressão ocorreu por “extremo nervosismo” e reconheceu que não foi um bom exemplo para os atletas mais novos.
“Fiz uma coisa errada estou disposto a pagar pelo meu erro, não estou me escondendo e não vou fugir disso”, disse, destacando que está à disposição do TJD para responder ao processo e revelando que está sob acompanhamento psicológico porque, desde domingo, não consegue dormir direito por ter sido “uma pessoa que não fui a vida toda”.