E o Joaquim Barbosa estava certo quando publicou este termo, no jornal. Eu estava no Rio de Janeiro quando o termo foi publicado. Confesso que fiquei feliz. Primeiro por o termo ser legal, segundo, por ser dito por um experiente no assunto e que estava vivendo o descontrole político, que estava prejudicando-o. Pelo que continuamos vendo e ouvindo, no reboliço político que continuamos vivendo, temos que refletir sobre o assunto. Que é o que devemos fazer, antes que comecemos a eleger candidatos despreparados. E comecemos a refletir sobre o porquê do despreparo. Afinal, despreparados para quê? E a maior reflexão deve ser em direção ao que elege, e não ao que é eleito. E só entenderemos isso quando entendermos que somos nós, eleitores, responsáveis pelos descontroles. E o pior é que somos responsáveis por um problema que não nos educaram para entendê-lo. E nunca seremos orientados na educação, enquanto a política não fizer parte dela. Até lá continuaremos pensando que somos cidadãos, sem liberdade na cidadania.
Faz muitos anos, mas continua como exemplo do quanto desconhecemos a democracia. Certo dia eu visitava escolas no interior do Estado. De repente o carro em que estávamos ficou atolado no lamaçal. O motorista fez o possível e conseguiu sair, mesmo sem necessidade de empurrar o carro. Sem nenhuma intenção de criticar ou elogiar, falei sobre a maneira como ele “judiou” do carro podendo prejudicá-lo. E, sorrindo, o motorista respondeu:
– O patrão tem muito dinheiro para comprar outro carro.
E o patrão a quem ele se referia era o Governador. Porque estávamos a serviço e num carro da Secretaria de Educação. Preferi ficar na minha, e apenas sorri. Mas, fiquei imaginando como seria importante orientar aquele motorista, dizendo-lhe que o Governador não é seu patrão. E que o dinheiro não é do governador. E que o governador não paga a dívida, ele apenas efetua o pagamento com o dinheiro do público, inclusive dele, o motorista. Que contribui com o pagamento, com o dinheiro do imposto que paga até quando compra o pão do café da manhã. E só quando formos educados para entender isso, seremos responsáveis pelo desenvolvimento do País. Simples pra dedéu. Vamos ser mais cautelosos e lutar pacificamente pela educação que estão passando para nossos filhos. E não estão preparando-os para o mundo em que eles irão viver. Porque sem a Educação nunca seremos cidadãos, e continuaremos votando, não por dever, mas por obrigação. Pense nisso.
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