Para muitas crianças e adolescentes, o primeiro contato com provas estruturadas e processos seletivos acontece ainda no ensino fundamental. É nesse contexto que cursinhos preparatórios para Colégio Militar, como o Progressinho, exercem um papel fundamental: mais do que ensinar conteúdo, eles oferecem uma primeira experiência completa de preparação para concursos, desenvolvendo disciplina, hábitos de estudo e habilidades emocionais que serão úteis para toda a vida escolar e acadêmica.
O preparatório funciona como o primeiro seletivo da vida das crianças, onde os alunos aprendem a lidar com provas de maneira organizada e estratégica. Segundo o professor e coordenador do Progressinho, Vila Nova, o curso vai além do ensino de português e matemática.
“Estamos lidando com crianças, então o psicológico conta muito. Ensinamos como se comportar durante a prova, como organizar o tempo e como começar pelas questões mais fáceis. É o primeiro concurso deles, e queremos que esse aprendizado seja útil para a vida inteira”.
Os alunos participam de simulados mensais que testam o conteúdo aprendido, permitindo que compreendam o ritmo da prova e o nível de concorrência. Além disso, aprendem a identificar pontos fortes e fracos e a lidar com a pressão de forma saudável. O objetivo é que a experiência se transforme em base para outros concursos, olimpíadas de conhecimento e vestibulares no futuro.
O primeiro concurso
Nícolas Neves Freire, de apenas 10 anos, é um exemplo de aluno que está aproveitando ao máximo essa primeira experiência. Inspirado na irmã que já passou pelo Colégio Militar, ele começou a se interessar pelo cursinho e pelas provas.
“Eu gostei muito, nunca tinha entrado em interclasse na minha vida, mas quando eu fui com a minha irmã, eu me animei e quis entrar no colégio também. Vou fazer a prova e quero passar. Se eu não estudar, não passo, né?”
Ele estuda diariamente em casa e participa dos simulados do cursinho, aprendendo conceitos de matemática e português, como fatoração, potenciação, divisões de decimais, área, perímetro e MMC/MDC. Nícolas vê o aprendizado como algo que será útil para o futuro:
“O que eu aprendo aqui vai me ajudar em outras provas depois. Vou aprender de novo, mas já vou saber como lidar”.
Segundo Vila Nova, alunos que participam do cursinho desenvolvem hábitos que serão aplicados por toda a vida, como organização diária de estudos, disciplina e foco.
A importância do incentivo familiar
Outro ponto destacado pelo professor é o papel fundamental da família nesse processo. O reconhecimento e apoio dos pais podem motivar ou desmotivar uma criança, independentemente de suas habilidades.
“Tem alunos que são muito bons, mas chegam em casa, falam do desempenho deles e não são reconhecidos pelos pais. Isso gera desmotivação. Por outro lado, há crianças que começam acertando algumas questões, recebem elogios, e passam a se dedicar cada vez mais, evoluindo muito”, explicou Vila Nova.
O incentivo familiar não apenas reforça a confiança do aluno, mas também cria um ciclo positivo de aprendizado e motivação, ajudando-o a encarar provas futuras com mais segurança.
Desenvolvimento acadêmico e emocional
Cursinhos preparatórios também trabalham com estratégias de neurociência e neurolinguística, permitindo que os alunos fixem o conhecimento de forma mais eficiente. O ensino de português e matemática é complementado por técnicas que ajudam na memorização, concentração e resolução de problemas, essenciais para o sucesso em provas.
Além disso, a experiência com simulados ajuda as crianças a administrar a ansiedade e o tempo, saber por onde começar, identificar questões mais fáceis e manter o foco durante toda a prova.
“O quinto ano é uma fase de transição da criança para o jovem. Tudo que é aprendido nessa etapa serve como base para o resto da vida escolar. A experiência do primeiro concurso ajuda a consolidar hábitos de estudo, concentração e estratégia”, afirmou Vila Nova.
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Um aprendizado para toda a vida
Segundo o coordenador do Progressinho, o cursinho oferece uma estrutura completa: aulas, simulados, orientação psicológica e acompanhamento individual. Mesmo que um aluno não consiga ser aprovado imediatamente, ele sai com conhecimento, disciplina e autoconfiança, prontos para futuros desafios.
Para especialistas, a primeira experiência com provas estruturadas é determinante: ela prepara as crianças para lidar com desafios acadêmicos, vestibulares, concursos públicos e outras oportunidades futuras, criando uma base sólida de estudo e foco.
