Cotidiano

Roraima registra melhor mês na criação de empregos 

Tatiane Ramos 

Colaboradora Folha

Roraima apresentou melhor resultado na geração de empregos com carteira assinada no mês de junho, um registro superior aos últimos seis anos com a criação de 194 empregos, um número expressivo em relação ao mesmo período do ano passado.

Antônio Carlos, 31 anos, tecnólogo, conta que por quase três anos esteve desempregado e agora atua na sua área de formação, com carteira assinada.

“Fiquei muito tempo parado, foi bem difícil. O mercado hoje exige bastante, o mais qualificado ganha a vaga. As indicações influenciam muito na contratação de uma pessoa. A questão é que o estado de Roraima vem passando um momento muito delicado por conta da imigração e a mão de obra, em vários aspectos, não tem sido valorizada. Por exemplo, um pedreiro profissional brasileiro tem diária normal de R$120 a R$150, mas infelizmente surge a mão de obra barata e aí acabam buscando não a qualidade de serviço, mas sim o valor que irão economizar”, diz.

Segundo Fábio Martinez, economista da Fecomércio, geralmente junho tem uma tendência de ter mais demissões do que contratações. No entanto, o mês apresentou um saldo muito positivo e no Estado o principal responsável por essa melhoria foi o Comércio, principalmente o setor varejista, que sozinho criou 113 novos postos de trabalho, o que mostra um reaquecimento da economia.

“O Comércio como um todo vem demonstrando uma recuperação em relação à geração de empregos. O primeiro trimestre foi complicado, difícil, mas se vem revertendo esse quadro. Agora no segundo trimestre, o Comércio como um todo criou 135 novas vagas de empregos com carteira assinada. Esse também foi o quarto mês seguido onde se contrata mais do que se demite, quarto mês seguido de saldo positivo na geração de emprego aqui no Estado, contribuindo para uma melhora do agregado. Ou seja, no acumulado desse primeiro semestre foram criados 223 novos postos de trabalho. Pode até parecer pouco, mas se a gente comparar com o ano passado, nesse mesmo período, o saldo era negativo. Tínhamos perdido mais de 400 postos de trabalho, então, por essas e por outras, nós estamos com um dado positivo se compararmos ao ano anterior”, disse o Economista.

Outro setor que tem gerado bastante emprego é da agropecuária, com registro de 23 novos postos de emprego no mês de julho.

Atualmente o quadro negativo se apresenta na Construção Civil, onde somente neste mês de junho foram 25 postos de trabalhos extintos, ou seja, somando um acumulado anual de 500 postos de trabalhos perdidos.