Nicolás Maduro colocou as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) em alerta máximo após os Estados Unidos aumentarem para 50 milhões de dólares – o equivalente a R$ 272 milhões – a recompensa pela captura do ditador venezuelano.
Na noite de quinta-feira (7), a procuradora-geral estadunidense Pamela Bondi destacou que Maduro “é um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à nossa segurança nacional”.
Em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8), o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, garantiu, em tom de ameaça, que a Venezuela unirá suas forças popular, militar e policial para defender a liberdade, a independência e a soberania “até com a própria vida”
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“Não se equivoquem contra a Venezuela”, declarou, ressaltando que a FANB não é uma organização de mercenários.
O ministro destacou que o objetivo é desmontar a narrativa do Governo Trump de que há um suposto cartel de narcotráfico na Venezuela, algo que o governo de Maduro considera como uma arma política norte-americana.
Assim, ele defendeu que Maduro mantém uma guerra frontal contra o narcotráfico. Segundo ele, desde 2012, a Venezuela neutralizou 300 aeronaves e, em 2025, apreendeu mais de 51 toneladas de drogas.
Conforme o ministro, no País, “não operam nem bandas criminais que eles têm tomado no relato da [facção] Tren de Aragua, nem tampouco existem cartéis”. López ainda ressaltou que Maduro foi o líder venezuelano que mais enfrentou o narcotráfico na história.
Padrino López também apontou que a estratégia norte-americana é “esconder a complexa problemática dos países produtores de drogas” e de manipular a verdadeira dinâmica das rotas do narcotráfico, que se concentram no Pacífico, com destino principalmente para a América do Norte, Europa e Austrália.