Saúde e Bem-estar

Saúde da mulher: sintomas ignorados podem esconder doenças graves

Sinais podem ser primeiros alertas de câncer de colo do útero, endométrio ou ovário

Sintomas de saúde da mulher (Foto: Reprodução)
Sintomas de saúde da mulher (Foto: Reprodução)

Muitas mulheres convivem, por anos, com dores pélvicas, sangramentos fora do ciclo menstrual e corrimentos anormais sem buscar ajuda médica. Às vezes, por vergonha. Outras, por achar que esses sinais fazem parte da “rotina feminina”. Mas ignorar o corpo pode custar caro: esses sintomas podem ser os primeiros alertas de doenças ginecológicas graves, como câncer de colo do útero, endométrio ou ovário.

Estudos recentes mostram que o atraso no diagnóstico dessas doenças está ligado, principalmente, à banalização dos sinais e à falta de acesso ou busca por atendimento ginecológico.

Em muitas regiões, mulheres demoram meses ou até anos para procurar orientação, mesmo sentindo algo diferente. Isso porque sintomas como cólicas intensas, dores durante a relação sexual, aumento no volume de sangramento menstrual ou secreções acabam sendo tratados como “normais” ou “coisas de mulher”.

O problema é que quanto mais tempo se leva para investigar essas alterações, menores são as chances de diagnóstico precoce. E quando se trata de câncer ginecológico, isso pode definir o sucesso do tratamento.

Saiba quais são os principais sinais de alerta

Entre os sinais de alerta mais comuns estão o sangramento entre as menstruações ou após a menopausa; dor pélvica constante ou durante as relações; corrimento anormal, com cor ou cheiro forte; sensação de inchaço abdominal frequente, perda de peso inexplicada ou cansaço excessivo.

É importante lembrar que nem todo sintoma indica câncer, mas todo sintoma fora do padrão merece ser investigado. Além disso, doenças como miomas, endometriose e infecções também podem se manifestar com sinais semelhantes e, se tratadas a tempo, têm evolução bem mais controlada.

A recomendação dos especialistas é ter atenção consigo mesma. O autocuidado, neste contexto, começa com o conhecimento sobre o próprio corpo e com o compromisso de manter as consultas ginecológicas em dia. O exame preventivo (papanicolau), por exemplo, é gratuito pelo SUS e é uma das ferramentas mais eficazes para detectar alterações no colo do útero.

Também é fundamental quebrar o tabu que ainda envolve a saúde íntima da mulher. Conversar abertamente com profissionais, sem culpa ou constrangimento, é um passo decisivo para cuidar da saúde com mais autonomia e consciência.

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