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A verdade sobre dar frutas para seu cachorro: o que pode e o que nunca deve

Descubra quais frutas o cachorro pode comer e quais são perigosas. Entenda os riscos e veja quais são seguras para seu pet.

A verdade sobre dar frutas para seu cachorro o que pode e o que nunca deve
A verdade sobre dar frutas para seu cachorro o que pode e o que nunca deve

Nem tudo o que é saudável para humanos faz bem para os cães. Se você já ofereceu uma fatia de melancia ao seu cachorro ou ficou tentado a dar uvas, esse conteúdo é para você. A alimentação natural tem ganhado espaço entre os tutores preocupados com a saúde dos pets, mas é preciso entender que frutas podem ser aliadas ou verdadeiras vilãs, dependendo da escolha.

Frutas que o cachorro pode comer com segurança

Algumas frutas são não apenas seguras, mas também nutritivas para os cães. Quando oferecidas com moderação, elas fornecem fibras, vitaminas e até ajudam na hidratação. Aqui estão as principais frutas liberadas:

  • Maçã (sem sementes): Rica em fibras e vitamina C, a maçã é uma opção excelente. O ideal é remover as sementes, que contêm pequenas quantidades de cianeto. Ofereça em pedaços pequenos e sem casca se o cão tiver sensibilidade digestiva.
  • Banana: Fonte de potássio e energia rápida, a banana é bem aceita por quase todos os cães. Porém, é calórica e deve ser oferecida com moderação, especialmente para cães com sobrepeso ou propensão à diabetes.
  • Melancia (sem sementes): Uma das favoritas dos pets no verão, a melancia é altamente hidratante. Só evite a casca e as sementes, que podem causar desconforto intestinal.
  • Pera (sem sementes): Semelhante à maçã, a pera é adocicada e de fácil digestão. Também deve ser servida sem sementes e em pedaços pequenos, evitando engasgos.
  • Manga (sem caroço): Rica em vitamina A, ajuda na visão e na saúde da pele do pet. A fruta deve ser oferecida sem a casca nem o caroço, pois estes podem causar obstruções.

Frutas que exigem moderação ou preparo adequado

Algumas frutas são liberadas, mas requerem atenção especial ou por conterem muito açúcar, ou por partes tóxicas que precisam ser removidas:

  • Mamão: Tem ação digestiva e pode ajudar na prisão de ventre. No entanto, seu alto teor de açúcar pode causar diarreia se consumido em excesso.
  • Abacaxi: Naturalmente ácido, o abacaxi pode ser oferecido em pequenas quantidades, sem o miolo e a casca. Cães com estômago sensível podem apresentar refluxo.
  • Morango: Apesar de nutritivo, o morango é considerado alergênico por alguns veterinários. Teste aos poucos e observe reações.
  • Coco (sem a casca dura): A polpa pode ser oferecida eventualmente. Já a água de coco, se natural, também pode ser usada como repositor leve. Evite versões industrializadas.
  • Frutas proibidas para cachorros: Algumas frutas devem ser completamente evitadas, pois contêm substâncias tóxicas ou podem causar sérios danos à saúde do cão:
  • Uvas e uvas-passas: Mesmo em pequenas quantidades, podem causar insuficiência renal aguda em cães. Os efeitos são imprevisíveis e não dependem da quantidade consumida. São terminantemente proibidas.
  • Abacate: Contém uma toxina chamada persina, que é prejudicial aos cães. Pode causar vômito, diarreia e dificuldade respiratória.
  • Carambola: Altamente tóxica para cães com problemas renais, podendo causar insuficiência grave mesmo em doses pequenas.
  • Cereja (fruta inteira): O caroço da cereja contém cianeto, uma substância letal. Além disso, há risco de engasgo ou obstrução intestinal.
  • Frutas cítricas em excesso (limão, laranja, tangerina): O ácido cítrico pode causar irritação estomacal. Algumas frutas como a laranja podem ser dadas eventualmente, mas apenas em pequenas quantidades e sem casca.

Quantidades seguras e frequência

Mesmo as frutas seguras devem ser oferecidas com moderação. Um bom parâmetro é que frutas não ultrapassem 10% da dieta diária do cachorro. Elas nunca devem substituir a alimentação principal, especialmente a ração ou comida balanceada.

Divida a porção em pequenas fatias, prefira frutas orgânicas e, se possível, converse com um veterinário antes de inserir qualquer novo alimento.

Sinais de que algo não caiu bem

Se após comer uma fruta o cão apresentar sintomas como vômito, diarreia, excesso de salivação, apatia ou tremores, leve-o imediatamente ao veterinário. Cada organismo pode reagir de forma diferente, e mesmo alimentos aparentemente inofensivos podem provocar reações adversas.

Cães filhotes e idosos exigem mais cuidado

Filhotes ainda estão com o sistema digestivo em formação. Já cães idosos costumam ter maior sensibilidade gastrointestinal. Em ambos os casos, as frutas devem ser introduzidas com cautela, em pequenas quantidades e sempre observando as reações.

Quando as frutas ajudam na saúde do pet

Frutas podem ser aliadas no tratamento de algumas condições, como prisão de ventre, falta de apetite e até como agrado em momentos de adestramento positivo. No verão, pedaços de maçã ou melancia congelados podem funcionar como petiscos refrescantes.

O que diz um veterinário sobre isso?

Segundo a médica veterinária Letícia Bueno, da Associação Brasileira de Nutrição Animal (Asbran), a introdução de frutas deve sempre ser feita com orientação profissional. “A individualidade de cada pet conta muito. O que faz bem para um, pode não cair bem para outro”, explica.

Vale a pena dar frutas para o cachorro?

Sim, desde que sejam escolhidas com critério. As frutas podem complementar a dieta com sabor, textura e nutrientes. Mas o mais importante é entender que cão não é humano, e mesmo o alimento mais natural pode se tornar perigoso se usado sem conhecimento.

Em vez de dar “o restinho da sobremesa”, transforme a fruta em um momento especial de conexão e cuidado com seu pet. Ele agradece com aquele olhar que só quem tem cachorro conhece.

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