O Governo de Roraima reagiu à decisão da Venezuela de retomar a cobrança de tarifas de importação de até 77% sobre os produtos brasileiros sem comunicar o Brasil, ignorando um acordo comercial firmado com o País.
A Secretaria Estadual de Planejamento e Orçamento (Seplan-RR) informou, em nota, que qualquer medida que encareça os produtos brasileiros no mercado vizinho “afeta significativamente a competitividade” das mercadorias locais.
Assim, segundo o Governo, o impacto direto recai sobre os empresários locais, o agronegócio, a geração de empregos e até a arrecadação estadual de Roraima.
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O País de Nicolás Maduro é o principal parceiro comercial de Roraima, consecutivamente, desde 2019, com mais de 70% do mercado local.
Só em 2024, o Estado exportou, para a nação vizinha, 144,6 milhões de dólares em produtos (R$ 799 milhões na atual cotação). Entre eles, farinha, cacau, margarina e cana de açúcar, todos com direito à isenção do imposto.
Portanto, o Governo entende que a situação é preocupante e confirmou estar em contato com órgãos federais, como os ministérios das Relações Exteriores e da Fazenda em busca de esclarecimentos e alternativas diplomáticas para “preservar o equilíbrio da relação comercial entre os dois países”.