AFONSO RODRIGUES

Aponte o caminho

“Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. Embora vivam convosco, não vos pertencem”. (Gibran Khalil Gibran)

Todos nós cometemos, involuntariamente, erros nas orientações aos nossos filhos. Aqui e acolá, cometemos o erro de tentar dirigir os filhos, em vez de apenas orientá-los. Nas famílias antigas era muito comum, os pais dizerem a seus filhos o que eles deveriam ser, profissionalmente, quando adultos. Era comum, sempre que uma família tinha três filhos, os pais orientá-los no seguinte caminho: “Você vai ser padre, você advogado e você, médico”. E nem sempre os caminhos seguidos eram os orientados. E as coisas começavam de descer. Mas os tempos foram mudando e os caminhos a seguir foram sendo diferentes. Mas os problemas continuaram os mesmos, e a sociedade continuou pelas mesmas veredas, levando-nos a um mundo difícil de ser vivido. Tudo bem. O problema é que ainda encontramos muita dificuldade em entender as diferenças na caminhada. Ainda encontramos muita dificuldade em orientar nossos filhos, de acordo com o progresso-a-regresso, que continuamos vivemos.

Não há como orientar os filhos sem levar em consideração as suas personalidades. Mas temos que ser expertos no assunto para podermos entender a personalidade do filho, para podermos respeitá-la, mas dentro da racionalidade. Mas inda estou encontrando dificuldade em observar as mudanças nas orientações, nas famílias atuais. Ainda não estamos levando a sério o ditado de que diz: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. O que nos leva ao cuidado nas orientações que damos a nossos filhos. Precisamos ser cautelosos e, sobretudo, responsáveis, nas orientações que damos. Temos que ter sempre em mente que nem sempre o “não” é negativo. Ele também pode reforçar na caminhada ao sucesso. Tudo depende da nossa capacidade em usá-lo. Nunca oriente seu folho, no mais simples que for, com gritos. O não, surgido em um grito, pode se tornar negativo.

Seja delicado, ou delicada, nas orientações a seus filhos, mas nada de afagos desnecessários. A delicadeza na educação do filho é enriquecedora para o engrandecimento na evolução social. O amor é o instrumento mais eficaz para a construção da família. mas precisamos ser mais cautelosos no que consideramos como amor. Porque, infelizmente, ele continua sendo confundido com desejo e posse. Então vamos ser mais racionais e construir a sociedade na racionalidade. E comecemos a tarefa na educação dos nossos filhos. Mas precisamos aprender a educar. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460  

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.