Parece contraditório quando digo que adoro caminhar pelas ruas, buscando prazer. É como se eu estivesse procurando a felicidade fora de mim. Pelo contrário, estou alimentando a felicidade dentro de mim. Pode até parecer tolice, ou coisa assim, mas sinto-me bem quando caminho pelas ruas, observando o que há de melhor à minha volta. Nunca, em minha longa vida de casado, entrei em casa falando de alguma coisa desagradável, que por acaso eu tenha visto, na caminhada. Até mesmo as coisas boas e agradáveis a que vimos ou assistimos, podem nem mesmo, interessar a alguém. Alguém também já escreveu, como exemplo, sobre o que você pode transmitir com as notícias. Por exemplo, se você chegar à sua casa e a mulher estiver lavando a louça, e você falar:
– Bem… você nem imagina a beleza a que assisti ali na esquina, foi lindo, lindo!!
A mulher nem se vira e simplesmente pergunta, foi legal? Mas se você chegar e falar:
– Bem… você nem imagina a coisa terrível a que assisti ali, com um atropelamento!
Aí a mulher joga o prato na pia, vira-se assustada e pergunta:
– Ai meu Deus… morreu alguém? Que foi que houve? Pelo amor de Deus!!
Todos nós somos assim. Influenciamo-nos mais pelo negativo. Vivemos a vida toda procurando a felicidade fora de nós mesmos.
Fui dormir, domingo à noite, programando uma série de coisas boas que iria fazer durante o dia. Mas a segunda-feira iniciou-se com uma chuva bem forte, atrapalhando todo meu programa traçado à noite. Abri a janela, olhei o aguaceiro caindo, fechei a janela e votei para a cama. Minutos depois levantei-me e vim bater esse papo com você. E como a chuva não me diz se vai passar ou ficar nos atrapalhando, fiquei na minha. Se ela se for, tudo bem, se não se for, tudo bem. Vou passar o dia fazendo alguma coisa útil, dentro de casa. E na medida do possível, divertindo-me com a felicidade que está dentro de mim. Ela é gratuita, amigável, e sem nada que possa me aborrecer. O que indica que não preciso de mais nada para viver de bem com a vida. Nunca se aborreça com nada que possa fazer você mudar seu rumo, já que todas as veredas da vida estão à sua disposição.
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Eu estava aqui conversando com você, ao computador, quando a Salete entrou e falou apontando-me um pequeno papel que ela encontrara caído ao chão, e falou:
– Olhe aqui, bem… olhe o que achei no chão.
Era um papel com essa joia escruta pelo Charlie Chaplin: “Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de mor e fiz juras eternas, “quebrei a cara” muitas vezes”. Pense nisso.
99121-1460
