REPERCUSSÃO POLÍTICA

‘Absurdo’ e ‘recado contra censura’: Bancada federal de Roraima reage à taxação de Trump

Presidente estadunidense considerou “censura” a redes sociais americanas e suposta perseguição ao presidente Jair Bolsonaro

presidente, Donald Trump
O presidente Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca (Foto: White House)

Parlamentares federais de Roraima reagiram com posicionamentos diferentes à decisão de Donald Trump de taxar em 50%, a partir de agosto, os produtos brasileiros. O presidente estadunidense considerou “censura” a redes sociais americanas e suposta perseguição ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

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A deputada Helena Lima (MDB-RR) considera absurda a medida, por ser um “ato político” que vai impactar diretamente as exportações do Brasil. Assim, ela disse que o País não deve “abaixar a cabeça”.

“É uma decisão que preocupa, porque compromete a competitividade dos nossos produtos no mercado internacional e impacta negativamente o produtor rural, a indústria e a geração de empregos no Brasil. O momento exige equilíbrio, estratégia e defesa ativa dos nossos produtores. Essa medida precisa ser repassada e entrar em discussão por nós”, comentou.

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) disse que Trump agiu “no calor da emoção”, o que implica em prejuízo para o Brasil. Assim, ele defendeu diálogo para evitar danos à economia dos dois países.

“Acredito na habilidade diplomática brasileira e no bom senso do governo norte-americano. É preciso diálogo para que não haja danos a economia de ambos os países. Porque perdem todos quando se prejudica relações comerciais”, disse, defendendo que Lula busque a “melhor solução” para a crise com os Estados Unidos.

Para o deputado Duda Ramos (MDB-RR), o impacto da medida pode ser “devastador” para produtores e empresas brasileiras, especialmente os pequenos negócios que já enfrentam dificuldades no comércio internacional.

“É fundamental que o Brasil reaja de forma firme, porém responsável. O governo federal, através do Itamaraty, deve adotar medidas diplomáticas enérgicas, buscando o diálogo com os Estados Unidos e, se necessário, recorrer a organismos internacionais como a OMC [Organização Mundial do Comércio]”, disse, defendendo que o Congresso Nacional se una para defender o País. “É hora de esquerda e direita deixarem suas diferenças de lado e atuarem com responsabilidade patriótica”.

O deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR) avaliou que a decisão prejudica a exportação brasileira e defendeu a ampliação do diálogo entre as nações brasileira e norte-americana.

“Os Estados Unidos e o Brasil sempre foram dois países parceiros, então, está faltando diálogo. A política é isso: é sentar na mesa, dialogar, resolver os pontos críticos que existem nessa relação. O que não pode é o produto brasileiro ser prejudicado com essa taxação, porque fica impossível você exportar e competir lá fora”, disse.

Dois parlamentares culpam o Governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão externa. Nicoletti (União Brasil-RR) disse acreditar que os Estados Unidos responderam à “insegurança jurídica e a politização excessiva do sistema judicial” no Brasil.

“A reação do Brasil a esta medida não pode ser apenas uma negociação relacionada aos organismos internacionais de comércio. Deve ser, primordialmente, uma inflexão interna, com o atual governo e o Poder Judiciário revendo suas posturas e agindo para restaurar a segurança jurídica e a harmonia política em nosso País”, destacou.

Por sua vez, Pastor Diniz (União Brasil-RR) ressaltou que o Brasil paga o preço pela “covardia” do governo federal e que a decisão de Trump é um “recado direto” contra a censura, à perseguição aos conservadores e à “ditadura disfarçada que se instalou no País”.

“Essa tarifa não é contra o povo brasileiro, é contra o autoritarismo da esquerda que hoje manda no Planalto e aparelhou o Judiciário […]. O Brasil precisa se levantar, se aliar com os que defendem a vida, a família, a verdade e a liberdade”, avaliou.

Governo não se pronuncia

A Folha BV também procurou o Governo de Roraima, que disse que não vai se manifestar sobre o assunto, “já que essa é uma política do Governo Federal”.

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