AFONSO RODRIGUES

Veredas da política

“A arte da política, nas democracias, consiste em fazer crer ao povo que é ele quem governa”. (Louis Latzarus)

De nada adianta você ficar tentando convencer alguém sobre algo que você desconhece. Que é o que acontece com quem tenta discutir política. Porque, a meu ver, política não se discute, se faz. Então vamos parar com o blá-blá-blá e tentar entender o que está acontecendo. O George Burns disse: “Pena que todas as pessoas que sabem como governar o país estejam ocupadas a dirigir táxis ou cortar cabelos”. O Brasil tem um número incalculável de “políticos” que sabem como governar o País. E o pior é que sempre caímos na deles. Basta que eles se candidatem e nos prometam o impossível. E as marmeladas vêm de longas datas. “Dizem que Nasser morreu de um colapso cardíaco quando recebeu um telegrama da Golda Meir: Vamos fazer amor e não guerra”. Ele não entendeu o que ela disse, porque não entendeu a política dela. Simples pra dedéu.

Durante a construção do metrô, em São Paulo, nasceu essa piada que tem muito a ver com as dos outros políticos. As implosões foram um reboliço na construção. E foi aí que o Presidente da República foi ver o desenvolvimento da obra. Logo que ele chegou, de volta, a Brasília, chamou todos os ministros que o acompanharam na visita à obra do metrô. E foi aí que a jiripoca piou. O Presidente falou para os Ministros:

– Os senhores me descubram que empresa é aquela, a Emobrás: Eu nunca ouvi falar nessa empresa, mas vi uma quantidade de plaquinha como sua propaganda, na construção do metrô.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE



Os ministros se olharam, respiraram e por fim um deles, levemente falou:

– Excelência… as placas que o senhor viu não eram Emobrás, mas “Em Obras”.

Tudo bem, chega de brincadeiras. E não pensem que estou tentando ridicularizar a política. Ao contrário, estou preocupado com o descaso no problema que devemos levar mais a sério. Ainda continuamos marchando em marcha lenta no desenvolvimento político. E ainda temos muito a fazer. E nunca conseguiremos enquanto não entendermos que tudo depende do desenvolvimento na Educação. Enquanto não tivermos uma educação à altura do poder que temos como País, não teremos uma política à altura da democracia. E sem ela nunca seremos um povo com a política que merecemos. Mas precisamos entender que somos nós, eleitores, responsáveis pelo futuro da nossa política, para que tenhamos o futuro, com uma Nação que está na caminhada do progresso. Então vamos fazer nossa parte, educando-nos politicamente, para merecermos ser o que só seremos, com racionalidade. Vamos parar de gritar e espernear. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460                 

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.