Um homem foi preso e outro identificado como suspeitos de armarem emboscadas para roubarem celulares de lojas online. Os crimes foram investigados pelo 2º Distrito Policial, que concluiu um dos inquéritos com a prisão do principal suspeito.
De acordo com o delegado Vinícius do Vale, responsável pelo caso, os crimes seguiram o mesmo padrão: as vítimas anunciavam os aparelhos para venda pela internet e eram atraídas para encontros marcados via aplicativos de mensagens. No local combinado, acabavam rendidas pelos criminosos.
Prisão e Identificação dos Suspeitos
O suspeito preso foi identificado como M.M., de 29 anos, que teria atuado com um comparsa, D.S.S., conhecido como “Curió”. Este último já foi identificado, mas continua em liberdade e ainda não teve prisão solicitada.
O primeiro caso ocorreu no dia 29 de março, no bairro Centenário. Uma gerente de loja de eletrônicos de 30 anos e uma funcionária de 19 foram rendidas por dois homens armados ao tentar vender quatro celulares avaliados em R$ 8.100. Os aparelhos foram levados.
Após a denúncia, a equipe policial identificou M.M., já conhecido por envolvimento com o tráfico de drogas. Em depoimento, ele confessou o crime e afirmou ter agido sob ordens de um chefe de facção, a quem devia dinheiro. Dois dos celulares foram localizados: um estava com a esposa dele e outro havia sido vendido a um comerciante. Ambos foram recuperados.
Detalhes dos Crimes
No segundo crime, em 21 de maio, também no Centenário, a vítima foi surpreendida durante a entrega dos aparelhos. M.M. a derrubou com uma faca e, em seguida, D.S.S. apareceu de um matagal e aplicou um golpe tipo mata-leão. Eles levaram cinco celulares, um notebook e o telefone pessoal da vítima. Os bens não foram recuperados.
Para o delegado, a reincidência e a violência empregada demonstram o grau de periculosidade da dupla. “Ambos os crimes foram premeditados e executados com extrema violência. Por isso, representamos pela prisão preventiva, garantindo uma resposta proporcional à gravidade dos fatos”, afirmou.
Andamento do Inquérito
O inquérito policial foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público. M.M. segue preso, e D.S.S., já identificado, também será responsabilizado pelos crimes. Ele está solto porque, segundo o delegado, o processo em fase de instrução e não foi possível representar por nova prisão.
A Polícia Civil continua as diligências para localizar os aparelhos restantes e aprofundar a apuração sobre a participação do segundo envolvido.
“A internet virou isca para atrair vítimas. É um tipo de crime muito perigoso. A sorte é que conseguimos identificar os autores e recuperar parte dos bens. Mas, para as vítimas, o trauma é imenso”, afirmou o delegado Vinícius do Vale.