O diretório estadual do Psol anunciou o artista plástico e ativista indígena Bartô Macuxi, de 56 anos, como pré-candidato ao Senado por Roraima nas eleições de 2026.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Instâncias internas do partido aprovaram o nome de Bartô com foco em pautas socioambientais em oposição à direita no Estado.
Para o Psol, a pré-candidatura, então, promete unificar as pautas sociais e ambientais com foco na defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.
Além disso, a sigla crê que Bartô unificará a esquerda e grupos progressistas locais para representar lutas sociais e ambientais no Congresso.
Atualmente, o Psol integra federação com a Rede – cuja renovação deve ser confirmada por mais dois anos.
Isso também depende de conversas em andamento com partidos e federações de centro-esquerda, como PT, PV, PCdoB, PDT, PSB e PSD.
Enquanto isso, o Psol disse esperar que Bartô receba o apoio do presidente Lula (PT) e de outras lideranças da base do governo federal.
Bandeiras de Bartô
Bartô defende o enfrentamento das crises climáticas, o combate às queimadas no lavrado e nas florestas e ao garimpo ilegal em terras indígenas, além de uma economia voltada para novas tecnologias verdes e agricultura familiar.
O pré-candidato também é favorável ao fim da escala de trabalho 6×1 e à taxação dos mais ricos em troca da redução de impostos para os trabalhadores.
“Sem florestas e rios, não existe Roraima, não existe vida e não existe a humanidade”, completou Bartô Macuxi. “A luta pelo meio ambiente e da justiça social não estão separadas, estão juntas porque é a luta pela vida digna de todos seres humanos”.
Quem é Bartô Macuxi
Bartolomeu da Silva Tomaz nasceu em 23 de fevereiro de 1969, em Boa Vista. Autodenominado “artivista” – artista ativista da causa indígena e do meio ambiente -, Bartô tem histórico de militância nas causas indígenas e ambientais.
Ele também já atuou na Diocese de Roraima, no Conselho Indígena de Roraima (CIR), na Associação dos Povos Indígenas da Terra São Marcos (APITSM) e na associação Kapoi.
Ele ganhou projeção regional e nacional ao denunciar, por meio de suas obras, os impactos do garimpo ilegal e da construção da usina hidrelétrica do Bem-Querer, no Rio Branco.
“Não existe progresso com destruição dos rios, das florestas e do ecossistema como um todo”, diz Bartô.
O pré-candidato já disputou quatro eleições, sendo duas vezes para senador (2006 e 2022), uma como suplente de senador (2018) e outra como vereador de Boa Vista (2024).
Há três anos, ele ficou em quarto lugar ao receber 11,7 mil votos válidos – atrás de apenas de Telmário Mota (então no antigo Pros), Romero Jucá (MDB) e Dr. Hiran (Progressistas), eleito.