Enquanto não aprendermos a mudar, mas com amente no futuro, não mudaremos. Na década dos anos sessentas, eu assistia a programas do rádio, na hora do almoço. Eu trabalhava na Coldex e por determinação da empresa, eu morava bem próximo dela por conta de minha função na firma. E eu nunca poderia imaginar que décadas depois, eu estaria escrevendo no FOLHA DE BOA VISTA, que ainda não existia. E por isso não estava nem um pouco preocupado em prestar muita tenção a que programa eu assistia. Muito menos qual era a emissora que o transmitia. E por isso só falo sobre o que assisti. Sempre que eu chegava para o almoço já assistia a um programa numa estação de rádio. O título do programa era, “Não diga não nem né”. O radialista fazia uma entrevista programada, claro, e o entrevistado estava ensaiado para não falar nenhuma das duas palavras: “Não, e Né”. Caso ele pronunciasse uma das duas palavras estaria fora e substituído. Não me lembro a quantos programas eu assisti e nunca ouvi alguém sendo aprovado.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Faz um tempão que sorrio quando assisto a algum programa atual, pela televisão. É impressionante o uso do né, na fala do brasileiro. Temos uma apresentadora na televisão local que é um dos maiores exemplos. E eu me divirto à beça. Não criticando a profissional, mas me sentindo feliz, em ela me fazer lembrar de tempos gostosos em que eu me divertia com coisas tão simples. Recentemente observei que a apresentadora usa o né, praticamente depois de cada palavra que ela pronuncia. Muito legal. Divirta-se lembrando-se de coisas simples que fizeram você se sentir feliz na sua juventude e até mesmo na vida adulta. Juro que foi o grande jornalista e grande amigo que tenho, o Plínio Vicente, que me contou essa: um apresentador de uma estação de rádio de uma cidadezinha do interior certo dia, na sua primeira experiência como apresentador, recebeu a notícia sobre o jogo de futebol que terminou em zero a zero; 0x0. O apresentador novato falou para o público: “Pessoal, o jogo hoje, acabou em ôcho! Foi o que ele leu em zero a zero. Não fique dando uma de sabichão tentando esquecer o que você acha que não valeu. Quando na verdade, o simples é mais produtivo do que o complicado. O Bob Marley já disse: “Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorrega pelos olhos”. E é muito gosto e saudável sentir saudade. Porque só a sente quem foi feliz. E a felicidade está em cada um de nós, o importante é que saibamos senti-la nas coisas e momentos agradáveis. Nada de tristezas nem aborrecimentos. Pense nisso.
99121-1460