DICAS

Currículo não basta: como jovens estão se preparando para o mercado de trabalho

Cursos livres online, bootcamps intensivos e certificações práticas estão entre os caminhos mais populares

Currículo não basta: como jovens estão se preparando para o mercado de trabalho Currículo não basta: como jovens estão se preparando para o mercado de trabalho Currículo não basta: como jovens estão se preparando para o mercado de trabalho Currículo não basta: como jovens estão se preparando para o mercado de trabalho
Plataformas como Alura, Coursera, Udemy e Senai Play oferecem conteúdos acessíveis em áreas como programação, design, marketing digital e gestão de projetos (Foto: Reprodução Sora)
Plataformas como Alura, Coursera, Udemy e Senai Play oferecem conteúdos acessíveis em áreas como programação, design, marketing digital e gestão de projetos (Foto: Reprodução Sora)

Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e dinâmico, jovens brasileiros estão percebendo que o diploma universitário, embora importante, já não garante mais uma vaga de emprego. Em resposta, muitos têm buscado formas alternativas de se qualificar, explorar habilidades práticas e construir diferenciais que vão além do currículo tradicional.


Qualificação além da faculdade

Cursos livres online, bootcamps intensivos e certificações práticas estão entre os caminhos mais populares. Plataformas como Alura, Coursera, Udemy e Senai Play oferecem conteúdos acessíveis em áreas como programação, design, marketing digital e gestão de projetos — com a vantagem de poderem ser concluídos no ritmo do aluno.
“Hoje em dia, aprendemos de forma contínua. Os recrutadores valorizam muito quem demonstra curiosidade, iniciativa e atualização constante”, explica Mariana Lopes, especialista em recrutamento de jovens talentos.
Além disso, programas de intercâmbio e trabalho voluntário têm sido usados como estratégias para ganhar experiência e desenvolver competências sociais, como empatia, adaptabilidade e trabalho em equipe — qualidades cada vez mais valorizadas.


Soft skills: o novo diferencial
Para se destacar, não basta saber: é preciso saber fazer e saber conviver. As chamadas soft skills — habilidades comportamentais como comunicação, liderança, inteligência emocional e pensamento crítico — estão sendo vistas como decisivas no processo seletivo.
Empresas têm usado testes situacionais e entrevistas por competências justamente para identificar essas habilidades, muitas vezes invisíveis em um currículo comum.


Networking e presença digital
O networking tradicional deu lugar a conexões feitas via LinkedIn, Instagram profissional e fóruns de discussão. Manter um perfil atualizado, com conquistas, projetos e até recomendações, é considerado parte essencial da busca por oportunidades.
“Vi uma vaga no LinkedIn e mandei mensagem direta para o gerente da área. Ele respondeu, conversamos e acabei sendo contratada. Isso nunca aconteceria com um currículo impresso”, conta Larissa Meireles, de 24 anos, contratada por uma startup de tecnologia.


Portfólios e projetos reais
Muitos jovens estão apostando em portfólios digitais, onde reúnem projetos, trabalhos voluntários e até iniciativas pessoais, como blogs ou canais no YouTube, para mostrar suas competências de forma prática e criativa.
“Mostrar o que você faz vale mais do que apenas contar”, afirma André Souza, orientador de carreira. “Um portfólio pode abrir portas até para quem não tem experiência formal.”

Box: Ferramentas mais usadas por quem está entrando no mercado
LinkedIn – Para networking, busca de vagas e visibilidade profissional

Canva – Criação de portfólios, currículos visuais e apresentações

Behance – Plataforma para designers e criativos compartilharem projetos

Notion – Organização de estudos, metas de carreira e portfólios interativos

Coursera/Udemy/Alura – Cursos técnicos e certificados rápidos

Glassdoor – Pesquisa sobre empresas, salários e avaliações de ex-funcionários

Dicas para se destacar no início da carreira
Aposte no aprendizado contínuo: escolha um curso curto por mês e mantenha o hábito de estudar

Construa sua marca pessoal: tenha uma presença coerente e ativa nas redes profissionais

Pratique o que aprende: crie projetos próprios, participe de hackathons ou colabore com ONGs

Peça feedback: converse com professores, colegas e até recrutadores para entender onde melhorar

Cuide do emocional: inteligência emocional e resiliência contam tanto quanto conhecimento técnico

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