Fazer dieta, praticar exercícios regularmente, mudar hábitos e ainda assim não perder peso. Esse cenário, frustrante para muitos, é mais comum do que parece. Isso porque o emagrecimento não depende apenas de alimentação equilibrada e prática física. Segundo especialistas da área da saúde e nutrição, há outros fatores que dificultam o processo de emagrecimento e que muitas vezes passam despercebidos.
Primeiro é preciso entender que cada organismo reage de uma forma diferente, portanto, nem sempre as dicas e orientações de influencers e da internet são suficientes para garantir a perda de peso. O ideal é sempre procurar um profissional da nutrição e saúde para adotar medidas que sejam adequadas para seu tipo físico.
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Apesar disso, existem alguns fatores que podem ser levados em consideração. Confira agora seis fatores que dificultam o emagrecimento mesmo com dieta e treino:
- Consumo calórico subestimado
Mesmo com uma alimentação considerada saudável, é possível não estar em déficit calórico, que é a condição essencial para que o corpo queime gordura. Alimentos como castanhas, azeite e abacate são nutritivos, mas também calóricos, e o consumo exagerado pode dificultar a perda de peso. Além disso, é comum superestimar o gasto calórico de treinos e subestimar o quanto se come. - Alterações hormonais
Disfunções hormonais, como resistência à insulina ou desequilíbrios nos hormônios da tireoide, podem reduzir o metabolismo e dificultar a queima de gordura. O cortisol, hormônio associado ao estresse, também tem papel importante, já que em níveis elevados favorece o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal. - Privação de sono
Dormir mal impacta diretamente o equilíbrio hormonal relacionado à fome e à saciedade. A falta de sono altera os níveis de leptina e grelina, hormônios que regulam o apetite, prejudica o metabolismo e afeta a recuperação muscular, dificultando o emagrecimento. - Estresse elevado
O estresse crônico influencia negativamente a perda de peso, tanto pela produção constante de cortisol quanto pelo estímulo ao “comer emocional”. Além disso, o estresse gera processos inflamatórios no organismo, que interferem no funcionamento metabólico e tornam mais difícil eliminar gordura. - Adaptação do metabolismo
O corpo tende a se adaptar a longos períodos de restrição calórica, reduzindo o gasto energético em repouso, um fenômeno conhecido como termogênese adaptativa. Isso pode desacelerar o metabolismo em até 20%, dificultando a continuidade do emagrecimento mesmo com os mesmos hábitos. - Fatores individuais e genéticos
Histórico de dietas restritivas, baixa massa muscular, idade e até o sexo interferem no metabolismo. Pessoas com composição corporal menos favorável à queima calórica ou com predisposição genética podem apresentar maior dificuldade para emagrecer. Além disso, o organismo tende a “lembrar” do peso anterior, dificultando a manutenção dos resultados após uma grande perda.