Em tempos de busca por praticidade e economia, o congelamento de alimentos segue sendo uma estratégia eficiente para evitar desperdícios e manter uma alimentação equilibrada. Apesar de boatos recentes nas redes sociais, o congelamento não elimina os nutrientes dos alimentos e pode, inclusive, ajudar a preservá-los por mais tempo.
O processo de congelar age como uma espécie de pausa biológica: ao reduzir drasticamente a temperatura dos alimentos, a formação de cristais de gelo desacelera a atividade de enzimas e micro-organismos que causam a deterioração. Com isso, os alimentos mantêm suas características por períodos maiores, sem comprometer a segurança ou a qualidade nutricional.
Ao contrário do que sugerem os mitos, congelar frutas, verduras e legumes logo após a colheita pode conservar vitaminas e antioxidantes mais eficientemente do que deixá-los na geladeira por dias. Isso porque o congelamento interrompe processos naturais de oxidação que comprometem nutrientes importantes.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo especialistas, é verdade que algumas vitaminas hidrossolúveis, como a vitamina C e algumas do complexo B, podem sofrer pequenas perdas durante o congelamento. No entanto, esses impactos são mínimos e não reduzem de forma significativa o valor nutricional do alimento. Já os minerais e as vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K, permanecem praticamente inalterados.
Para garantir todos os benefícios dessa técnica, é essencial seguir cuidados básicos: congelar os alimentos em recipientes adequados, evitar recongelamentos e respeitar o tempo máximo de armazenamento indicado para cada tipo de produto. Alimentos mal acondicionados ou submetidos a variações de temperatura podem, sim, perder qualidade.
Portanto, o congelamento é, sim, uma prática segura, econômica e nutricionalmente vantajosa quando feita corretamente. Ao desmistificar informações equivocadas, mais pessoas podem adotar esse hábito como parte de uma rotina alimentar mais saudável e sustentável.
