AFONSO RODRIGUES

Leve a vida com você

“Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. (Bob Marley)

Já estou começando a ficar atento. Estou recordando momentos passados que me fizeram muito feliz na minha infância. De lá até cá, as lembranças continuam se acomodando na minha memória e, vez por outra, chegam e balançam minha cabeça. Com as atitudes animalescas dos donos das guerras atuais, estive pensando nas guerras passadas, gêmeas das brutais atuais. Eu tinha apenas oito aninhos de idade. Meu pai era um cara muito simples, marceneiro, mas muito dedicado aos assuntos da política. E eu era o único filho que ele levava a todos os movimentos a que ele participava. Agora é que percebo o quanto eu era observador e não sabia. Mas meu pai percebia. E nunca consegui esquecer aquele evento a que assisti, naquela manhã. A cidade de Natal estava em um movimento que mais parecia revoltas, quando todo mundo aplaudia. É claro que meu pai me disse para onde estávamos indo. É claro também, que só percebi isso durante o evento.

O Presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt estava em Natal, e iria desfilar pela Avenida, na companhia do Presidente Getúlio Vargas. Estávamos em 1943 e o Brasil seria muito importante com participação na Segunda Guerra Mundial. E não só foi importante como fundamental. O porquê, já sabemos e nos vangloriamos. O encontro do Getúlio Vargas com o Roosevelt foi conhecido como “Conferência de Natal”. Mas isso deixa para lá, o que importa mesmo é o momento que vivi naquele momento, como uma criança interessada e feliz. Meu pai era um cara com mais de um metro e setenta de altura. Produziu seis filhos, e o mais alto deles, sou eu. Quando o carro-aberto, com os dois Presidentes, ministros e muito mais, se aproximou, meu pai me pegou pelo braço e me levou para o início da plateia de rua. Momento que jamais esquecerei, enquanto puder lhe contar sobre uma aventura inesquecível para mim.

Roosevelt passou, aplaudimos e ele voltou ao seu País, com o orgulho de ter conseguido o apoio do Brasil para a vitória dos Aliados. Continuei acompanhando meu pai na construção da maior base aérea Norte Americana fora dos Estados Unidos. Sou muito feliz em me lembrar da vida que vivi nas atividades daquela Base, até o final da Guerra. Não importa se o momento atual é bom ou desesperador. O que interessa mesmo é que saibamos viver intensamente com amor e muita alegria, porque os maus momentos passam. E só deixam feridas quando não sabemos curá-las. Não desperdice seu tempo com maus momentos. Viva seu dia, hoje, com muito mor e alegria. Pense nisso.

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