O deputado federal Duda Ramos (MDB) reafirmou que, apesar das movimentações políticas no estado, não tem planos imediatos para disputar uma cadeira no Senado nas eleições de 2026. Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, neste domingo (8), o parlamentar destacou que seu foco principal está no mandato de deputado federal e ressaltou a possibilidade de uma eleição suplementar para o governo de Roraima.
Sobre a possibilidade de concorrer ao Senado, Duda Ramos foi enfático: “Estou muito focado no mandato de deputado federal. Eu fui eleito em 2022 para ser deputado federal, então eu tenho me empenhado muito nisso”. “Hoje o meu foco é a realização. Eu preciso concluir o meu mandato de deputado federal bem, e a gente avaliar lá no futuro, ano que vem, avaliar se tem condições ou não de disputar outra cadeira”, completou.
O deputado também comentou as articulações envolvendo nomes como a deputada Helena Lima, pré-candidata ao Senado pelo MDB, e outros possíveis concorrentes. Segundo ele, “é muito cedo para falar em candidatura ao Senado, pois ainda precisamos observar o desdobramento do cenário político após a possível eleição suplementar”, afirmou.
Sobre essa eleição suplementar, o parlamentar manifestou convicção de que ela ocorrerá em Roraima devido aos processos eleitorais que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o governador Antônio Denarium (PP). “Tenho certeza que vai haver. O atual governador está com quatro processos de cassação, e acho impossível que ele consiga se livrar deles”, disse.
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Ele apontou que a demora no julgamento no TSE tem prejudicado a credibilidade da corte e que, uma vez retomado, o julgamento provavelmente terminará na cassação do governador. A partir disso, deve ser convocada a eleição suplementar, com o deputado Soldado Sampaio assumindo interinamente o governo e já declarando interesse em concorrer.
Duda avaliou que esse novo cenário poderá abrir espaço para uma terceira via na disputa pelo governo, o que demandará análise cuidadosa por parte dos partidos e da sociedade.
“A gente precisa esperar. Eu acho que de repente há um terceiro nome, e a gente vai escolher o que a gente acreditar que seja melhor para Roraima. Acho que Roraima tem muito a melhorar. Temos um orçamento de mais de R$ 7 bilhões por ano, mas os 14 municípios do interior estão abandonados. Com esse dinheiro todo que tem, era para realmente, se fosse investido de maneira transparente, de maneira correta, nosso Estado era para ser um Estado modelo para o Brasil”, afirmou.
O parlamentar também comentou as mudanças propostas ao IOF pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o debate em torno do tema na Câmara dos Deputados, além do marco regulatório da internet, que está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF). Confira a entrevista completa abaixo: