A Guiana assumiu, nesse domingo (1º), a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por um mês. O colegiado é o único do organismo com autoridade para impor sanções, autorizar o uso da força militar e enviar missões de paz.
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A nação guianense é membro não permanente do conselho para o mandato de 2024-2025. A última vez que ocupou a presidência foi, portanto, em fevereiro do ano passado.
Durante esse período, outros membros do colegiado, então, elogiaram o País por adotar uma abordagem transparente, consultiva e inclusiva.
Agenda da Guiana
Em junho, a Guiana terá diversas reuniões obrigatórias, incluindo sobre a Síria, República Democrática do Congo, Iraque, Afeganistão, África Central, Sudão, Líbia e Iêmen. As oito nações, portanto, vivem sob contexto de guerra interna ou externa.
Ademais, membros do conselho se reunirão obrigatoriamente para discutir a Resolução 2334. A norma declara ilegal a construção de assentamentos israelenses em territórios palestinos.
Em 19 de junho, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, irá liderar um Debate Aberto de Alto Nível sobre “Pobreza, Subdesenvolvimento e Conflito: Implicações para a Manutenção da Paz e Segurança Internacionais”.
O encontro terá a participação de relatores do sistema das Nações Unidas e da União Africana, além da participação de diversos Estados-Membros da ONU.
O debate, então, se baseará em discussões anteriores no Conselho sobre a relação entre desenvolvimento sustentável e paz e segurança internacionais, com foco na pobreza e no subdesenvolvimento como fatores impulsionadores e consequências de conflitos.
Além disso, a discussão acontece em meio à escalada de conflitos armados e a distância dos cumprimentos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
A Guiana também organizará o Debate Aberto anual sobre Crianças e Conflitos Armados em 25 de junho.
Além de resumos da representante especial da secretário-geral para crianças e conflitos armados, Virginia Gamba, e da diretora executiva da Unicef, Catherine Russell, o debate contará com declarações de Estados-membros em reação ao relatório anual da secretário-geral.
A Guiana também concentrará a atenção do Conselho em algumas de suas áreas prioritárias, incluindo:
- A prevenção de conflitos e o nexo segurança-desenvolvimento;
- Os impactos das mudanças climáticas na paz e na segurança;
- A proteção de crianças em conflitos armados; e
- A agenda para mulheres, paz e segurança.
Por conseguinte, os membros do Conselho de Segurança devem adotar o Programa de Trabalho nessa segunda-feira (2).
Assim, a representante permanente da Guiana na ONU, embaixadora Carolyn Rodrigues-Birkett, informará a imprensa sobre o programa e os planos para a presidência.