
A advogada A.S.P., de 43 anos, que foi esfaqueada pelo ex-marido no pescoço, segue internada no Hospital Geral de Roraima (HGR) com o quadro estável após ter passado por uma cirurgia para colocar uma traqueostomia.
Ela deu entrada na unidade hospitalar na noite desse domingo, 25, após ser atacada pelo servidor público, J.D.G.M., de 56 anos.
A vítima chegou a receber alta ainda na noite de ontem e foi encaminhada para a Delegacia do Plantão Especializado no Atendimento à Mulher (DEAM) onde prestou depoimento, mas logo depois voltou ao HGR, pois reclamava de desconforto.
Na unidade, ela realizou um exame de imagem, onde foi detectado que ela precisava passar por uma cirurgia de urgência.
Após o crime, o agressor cortou os dois pulsos e também está internado no hospital. Segundo informações obtidas pela reportagem, ele está bem e consciente. O servidor público responderá por tentativa de feminicídio.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RR) emitiu uma nota de repúdio sobre o crime.
Confira na íntegra
A Ordem dos Advogados do Brasil- OAB e Comissão da Mulher Advogada da OAB Roraima vem, por meio desta, manifestar seu mais veemente repúdio ao brutal ato de violência cometido contra uma colega advogada na noite do último domingo (25), no bairro do Paraviana. A vítima foi covardemente esfaqueada no pescoço por seu ex companheiro, tendo sido submetida a cirurgia de emergência e a uma traqueostomia para conseguir respirar.
O crime, que será investigado como tentativa de feminicídio, é mais uma expressão cruel da violência de gênero que tantas mulheres enfrentam diariamente em todo o país.
Trata-se de um atentado não apenas contra a integridade física e a vida da vítima, mas também contra todos os avanços conquistados na luta por equidade, segurança e respeito às mulheres.
A OAB e a Comissão da Mulher Advogada reafirmam seu compromisso com a defesa intransigente dos direitos das mulheres, e exige que a Justiça atue com rigor e celeridade na responsabilização do agressor.
Seguiremos acompanhando o caso e prestando todo apoio necessário à vítima e sua família.
Nenhuma mulher deve viver com medo. Nenhuma violência será tolerada.