O deputado federal Nicoletti (União Brasil-RR) protocolou, nesta segunda-feira (26), na Polícia Federal (PF), o relatório prévio da CPI das Terras, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
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O parlamentar formalizou o protocolo após constatar que, supostamente, deputados do colegiado não enviaram o relatório à corporação.
A Folha tentou confirmar essa informação. No entanto, um assessor da PF em Roraima disse que a instituição não comenta elementos que, em tese, são parte de investigação.
Nicoletti pede investigação do caso devido à gravidade de denúncias da CPI. Elas implicariam o governador Antonio Denarium (Progressistas), o empresário Disney Mesquita e dois produtores rurais por um suposto esquema de grilagem.
“Espero que a justiça seja feita. Ninguém tá condenado esses empresários, estou apenas lendo um relatório. Não foi eu que fiz esse relatório, foram os deputados estaduais”, afirmou.
O deputado federal ainda acusou a CPI de virar uma “moeda de troca” para parlamentares emplacarem indicados a cargos no Governo de Roraima. Um dos exemplos é o Detran-RR (Departamento Estadual de Trânsito).
“A gente tá vendo um ‘toma lá da cá’ entre Governo e alguns deputados estaduais. E a gente tá vendo a CPI amornar”, criticou Nicoletti.
ALE-RR comenta declarações de Nicoletti
Em nota, a ALE-RR garantiu que a CPI “está em pleno andamento, atualmente na fase de oitivas, e que a comissão conduz os trabalhos com “total seriedade, transparência e responsabilidade”.
“Todas as reuniões da CPI são transmitidas ao vivo, permitindo amplo acesso da sociedade e da imprensa aos trabalhos desenvolvidos. Nesta etapa, estão sendo ouvidas testemunhas, analisados documentos e coletadas informações fundamentais para o aprofundamento das investigações”, enfatizou.
A Casa prometeu realizar os indiciamentos e devidos encaminhamentos aos órgãos de Justiça, na próxima fase da CPI. Além disso, lembrou que o colegiado fez recomendações ao Iteraima no sentido de investigar o caso.
“A Assembleia Legislativa reafirma seu compromisso com a verdade, a justiça e o combate à corrupção fundiária em Roraima”, completou.