Samir Xaud se elege presidente da CBF apesar de críticas de gente com passado desonroso

Bom dia!

Críticas

Samir Xaud, único candidato à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi eleito neste domingo (25) com 103 dos 141 votos. Embora críticas sejam esperadas para um cargo dessa magnitude, algumas chamam atenção pelo perfil de quem as faz. Como o ex-governador Anthony Garotinho, que tem no currículo um histórico desonroso que inclui falsificação de diploma e condenação pelos crimes de corrupção eleitoral, associação criminosa, e por aí vai. É gente desse nível que questiona o fato de um jovem médico roraimense presidir a CBF.

Roraimense

Além das controvérsias, vale lembrar que Roraima já “exportou” representantes para cargos nacionais importantes, como o deputado Marcos Jorge, ex-ministro da Indústria e Comércio; o general Jorge Fraxe, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT); e Samir Haten, que foi presidente nacional do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Também o ex-senador Romero Jucá (MDB) – milita na política roraimense faz mais de três décadas -, já ocupou ministérios e até liderança do governo no Senado Federal. Então, por que não na CBF? A Parabólica deseja sorte ao novo presidente e espera que sua gestão traga inovação e transparência à entidade.

Apagão

Desde fevereiro, quando voltou a importar energia da Venezuela, Roraima tem enfrentado ainda mais instabilidades no fornecimento. O novo apagão registrado no Estado neste fim de semana também teve origem no País vizinho, segundo avaliações preliminares. De acordo com o engenheiro Frederick Lins, gerente regional de geração da Roraima Energia, a causa provável foi a elevação da frequência na rede venezuelana, o que impactou diretamente o fornecimento em Roraima, assim como no blecaute do último dia 15. Um relatório técnico está em elaboração para detalhar o ocorrido.

Tarifa social

A Medida Provisória que reformula o setor elétrico, isenta da conta de luz famílias de baixa renda que consomem até 80 kWh por mês. Com mais beneficiários isentos, custos serão redistribuídos entre os demais consumidores, o que pode elevar o valor das contas para quem não é contemplado pela nova Tarifa Social. Em entrevista à rádio Folha FM o gerente regional do sistema de geração, Frederick Lins, confirmou que o impacto médio nas tarifas pode chegar a 12%. Segundo ele, a proposta do governo federal é fazer uma transição gradual, utilizando subsídios de outros setores para compensar o benefício, um processo que pode acabar recaindo sobre o próximo presidente da República.

Multa

E por falar em energia elétrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve uma multa de R$ 2,5 milhões contra a Roraima Energia por problemas em cinco usinas termelétricas que abastecem Boa Vista. A punição foi aplicada após uma fiscalização que encontrou falhas no funcionamento das usinas Monte Cristo, Monte Cristo II, Floresta, Distrito I e Distrito II. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a empresa não garantiu a continuidade do fornecimento de energia nem tomou medidas eficazes para resolver os problemas. A Roraima Energia tentou recorrer, mas teve o pedido negado. A decisão foi publicada na segunda-feira (20).

Brita

O superintendente regional do DNIT, Igo Brasil, afirmou em entrevista à rádio Folha FM que a falta de brita atrasou obras importantes em Roraima, como a manutenção da BR-210. Segundo ele, a região Sul conta com apenas um fornecedor, e a execução de outros grandes projetos estruturantes como o Linhão de Tucuruí, limitou a disponibilidade do material.

Sobrepeso

Igo Brasil alertou que o excesso de peso e o tráfego intenso nas BRs 432 e 210 têm provocado danos às rodovias, que não foram projetadas para essa carga. Durante entrevista à rádio Folha FM, ele disse que foi informado de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deve reforçar a fiscalização no Sul de Roraima, com a chegada de novos agentes e instalação de um posto em Rorainópolis. Paralelamente, o DNIT prevê instalar, ainda este ano, uma balança fixa na vila Jundiá, em Rorainópolis, com agentes próprios, para coibir o tráfego de veículos acima do peso permitido.

Ativismo 1

Ao analisar os últimos acontecimentos da política brasileira, o ex-procurador de Justiça e professor universitário Edson Damas alertou para o avanço do que chamou de ativismo judicial. Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da rádio Folha FM, avaliou que o julgamento de políticos deveria ocorrer nas urnas, de quatro em quatro anos, por meio do voto consciente dos eleitores.

Ativismo 2

No entanto, Damas observa que esse julgamento político tem falhado, com a reeleição de figuras envolvidas em condutas questionáveis. Diante dessa falha, o Judiciário tem sido acionado com mais frequência para resolver o que a política não resolve, o que, segundo ele, abre margem para esse ativismo judicial. O problema se agrava quando o Judiciário passa a avançar sobre funções típicas dos demais Poderes, o que, na visão dele, representa um desequilíbrio institucional.

Fascismo

Ele também criticou a personificação dos debates políticos, em que o foco se torna o amor ou o ódio a determinadas figuras, como Lula ou Bolsonaro, e deixam de lado as ideias. Com este viés, avalia, o País passa a flertar com práticas autoritárias semelhantes ao fascismo. Para ele, é preciso amadurecer o debate público e resgatar o campo das ideias como espaço legítimo de confronto político.