Após seis anos, a socialite e empresária Kim Kardashian, 44, concluiu o curso de Direito, conhecido como Law Office Study Program. Na última quarta-feira (21), ela revelou ter finalizado seu programa de estudo e comemorou a conquista com uma cerimônia intimista em seu próprio quintal.
“Finalmente me formei em direito depois de seis anos!!!”, escreveu Kim em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, onde era vista colocando um capelo de formatura enquanto era parabenizada.
Jessica Jackson, uma das advogadas que patrocinou a educação de Kim, discursou na cerimônia, mencionando a dedicação da agora bacharel. “Seis anos atrás, Kim Kardashian entrou neste programa com o objetivo de lutar por justiça. Sem palestras de faculdade de direito, sem atalhos de torre de marfim, apenas determinação e uma quantidade de livros de casos para ler”, diss.
A incursão de Kim no campo do Direito, anunciada em 2019, segue o legado de seu falecido pai, Robert Kardashian Sr., um advogado que atuou como membro da equipe de defesa de O.J. Simpson. Embora ainda não tenha prestado o Bar Test, equivalente ao exame da Ordem dos Advogados no Brasil, ela dedicou os últimos anos à reforma da justiça criminal, atuando na revisão de sentenças de prisão para diversas pessoas.
Atuação de Kim no Direito
Mesmo antes de se formar, Kim Kardashian atuou em casos relacionados à justiça, utilizando sua plataforma e seus conhecimentos jurídicos em formação.
Um dos casos de sua intervenção foi o de Dawn Jackson, uma mulher de 53 anos que passou 25 anos na prisão. Condenada por esfaquear seu avô, que a havia abusado sexualmente, Jackson teve sua história conhecida por Kim em 2019, através de uma carta enviada pela própria detenta.
Após tomar conhecimento da narrativa de abuso e da sentença, Kim, em colaboração com as advogadas Erin Haney e Jessica Jackson, trabalhou para alterar a sentença de Dawn. “Eu disse ‘Erin, temos que ajudar essa mulher’. Ela sofreu tanto abuso — desde que era um bebê. Você pensa em como queremos proteger nossos filhos e pensar que ninguém estava lá para protegê-la”, declarou Kim em entrevista à People, mencionando o vínculo que desenvolveu com Dawn e sua defesa pública nas redes sociais.
Outro caso em que Kim Kardashian interveio foi o dos irmãos Lyle e Erik Menendez. Condenados pelo assassinato de seus pais em 1989, os irmãos alegaram ter sido vítimas de anos de abuso sexual por parte do pai.
Em uma carta publicada no site da NBC News, Kim Kardashian apontou falhas no julgamento da dupla e a ausência de apoio social para vítimas de abuso sexual na década de 1980. Ela descreveu os irmãos, afirmando: “Eles não são monstros. Eles são homens gentis, inteligentes e honestos. Na prisão, ambos têm um histórico de disciplinar exemplar, conquistaram vários diplomas universitários, trabalharam como cuidadores para detentos idosos”
Para ela, o assassinato foi “o último recurso” de uma dupla que sofria com uma rotina de abusos. Ela argumentou que muitas provas dos abusos foram invalidadas no julgamento, resultando em uma pena que ela avalia como desproporcional.
Além disso, Kim Kardashian atuou na luta pela inocência de Melissa Lucio, uma mãe de 14 filhos condenada à morte no Texas em 2008 pelo assassinato de sua filha de dois anos.
Lucio sempre manteve sua alegação de inocência, afirmando que a filha havia morrido em uma queda acidental. Com o apoio de advogados do Texas e a intervenção de Kim Kardashian, novas evidências foram apresentadas, levando um juiz a recomendar a anulação de sua condenação por homicídio doloso.
O caso de Melissa atraiu a atenção de Kardashian em 2022, quando dez dos filhos de Lucio escreveram uma carta ao governador do Texas e ao Conselho de Perdão e Liberdade Condicional, solicitando a retirada da sentença de morte de sua mãe.