A Guiana anunciou que vai prender e deportar venezuelanos residentes no País que participarem das eleições convocadas pela Venezuela para o governo de Essequibo. A área alvo de litígio representa 74% do território guianense.
Em 25 de maio, venezuelanos vão às urnas para escolher governadores e deputados (estaduais e federais). Essa convocação inclui a zona reivindicada, que o País chama de Guayana Esequiba.
Quatro candidatos disputam o governo do território, sendo o almirante Neil Villamizar, ex-comandante da Marinha da Venezuela, o favorito a vencer o pleito.
O pleito motivou a Guiana a solicitar intervenção da Corte da ONU. O tribunal, então, proibiu o País de Maduro a realizar o pleito.
Mas a Venezuela decidiu descumprir a decisão. Assim, a Guiana reforçou a vigilância na fronteira.
Nessa quinta-feira (15), o brigadeiro Omar Khan, chefe das Forças de Defesa da Guiana (GDF) – o Exército do País -, afirmou que o venezuelano “não pode votar em seu País e vir ao nosso País e acreditar que tudo ficará bem”.
Por outro lado, ele reconheceu que muitos cidadãos vizinhos chegaram à Guiana em busca de uma vida melhor. Atualmente, aproximadamente 30 mil cidadãos da Venezuela moram no País – 3% da população local.
Tensão entre Venezuela e Guiana
A tensão entre Venezuela e Guiana se acentua desde 2023, quando o País do ditador Nicolás Maduro, unilateralmente, promoveu um referendo popular para aprovar a anexação de Essequibo ao seu território.
Desde o século XIX, a nação venezuelana reivindica a região, alegando que foi injustamente despojada dela por uma comissão de fronteiras.
A Guiana, por sua vez, mantém controle sobre a área desde sua independência do Reino Unido em 1966.