TENSÃO

Guiana deportará venezuelanos que votarem em eleição para governo de Essequibo

Aproximadamente 30 mil cidadãos venezuelanos moram na Guiana. Pleito ilegal convocado pela Venezuela será no dia 25 de maio

O brigadeiro do Exército da Guiana, Omar Khan
O brigadeiro do Exército da Guiana, Omar Khan - 15.05.2025 (Foto: News Room Guyana/Avidesh Narine)

A Guiana anunciou que vai prender e deportar venezuelanos residentes no País que participarem das eleições convocadas pela Venezuela para o governo de Essequibo. A área alvo de litígio representa 74% do território guianense.

Em 25 de maio, venezuelanos vão às urnas para escolher governadores e deputados (estaduais e federais). Essa convocação inclui a zona reivindicada, que o País chama de Guayana Esequiba.

Quatro candidatos disputam o governo do território, sendo o almirante Neil Villamizar, ex-comandante da Marinha da Venezuela, o favorito a vencer o pleito.

O pleito motivou a Guiana a solicitar intervenção da Corte da ONU. O tribunal, então, proibiu o País de Maduro a realizar o pleito.

Mas a Venezuela decidiu descumprir a decisão. Assim, a Guiana reforçou a vigilância na fronteira.

Nessa quinta-feira (15), o brigadeiro Omar Khan, chefe das Forças de Defesa da Guiana (GDF) – o Exército do País -, afirmou que o venezuelano “não pode votar em seu País e vir ao nosso País e acreditar que tudo ficará bem”.

Por outro lado, ele reconheceu que muitos cidadãos vizinhos chegaram à Guiana em busca de uma vida melhor. Atualmente, aproximadamente 30 mil cidadãos da Venezuela moram no País – 3% da população local.

Tensão entre Venezuela e Guiana

A tensão entre Venezuela e Guiana se acentua desde 2023, quando o País do ditador Nicolás Maduro, unilateralmente, promoveu um referendo popular para aprovar a anexação de Essequibo ao seu território.

Desde o século XIX, a nação venezuelana reivindica a região, alegando que foi injustamente despojada dela por uma comissão de fronteiras.

A Guiana, por sua vez, mantém controle sobre a área desde sua independência do Reino Unido em 1966.

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