
O presidente russo Vladimir Putin e o ditador venezuelano Nicolás Maduro assinaram, em Moscou, um acordo conjunto de dez anos que prevê cooperação técnico-militar, exploração espacial e maior número de voos diretos entre Venezuela e Rússia.
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Além disso, as nações ainda se comprometeram a criar uma infraestrutura financeira para facilitar o comércio e o investimento. O tratado, portanto, é firmado em meio à tensão entre Venezuela e Guiana na disputa por Essequibo.
Assim, o modelo visa a independência dos sistemas econômicos ocidentais, liderados pelos Estados Unidos.
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“Veremos florescer as relações entre essa potência [Rússia] e a Venezuela, que continuarão no ideal de Bolívar e Hugo Chávez”, disse Maduro à agência estatal venezuelana AVN.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à agência estatal russa TASS, afirmou que a reunião foi “muito completa”. Ademais, disse que os líderes puderam revisar toda a agenda das nações.
“Foram discutidos casos específicos: energia, assuntos petrolíferos, projetos relacionados a vários aspectos da interação energética, projetos relacionados ao estabelecimento da produção, com a atividade de empresas russas no mercado venezuelano, com o interesse de empresas russas em investimentos na Venezuela”, declarou.
Destaques do acordo
- Investimentos conjuntos para petróleo, gás e mineração;
- Cooperação em fóruns internacionais, com participação efetiva, portanto, no mercado global de energia;
- Aumento dos voos diretos entre a Venezuela e a Rússia;
- Desenvolvimento do projeto da estação terrestre GLONASS (Global Navigation Satellite System) na Venezuela, visando a exploração do espaço sideral;
- Saúde e educação médica;
- Intercâmbio científico e tecnológico;
- Segurança e defesa; e
- Rejeição conjunta ao ressurgimento do nazismo e fascismo.