JESSÉ SOUZA

Alerta sobre transporte escolar só confirma Ranking que coloca RR em último lugar

Alerta sobre transporte escolar só confirma Ranking que coloca RR em último lugar Alerta sobre transporte escolar só confirma Ranking que coloca RR em último lugar Alerta sobre transporte escolar só confirma Ranking que coloca RR em último lugar Alerta sobre transporte escolar só confirma Ranking que coloca RR em último lugar

O alerta dado pelos empresários do setor de transporte escolar da rede estadual de ensino só confirma o que os números já mostravam lá atrás, no Ranking de Competitividade e Sustentabilidade dos Estados 2024 em que Roraima aparece com os piores indicativos que o colocam em último lugar dentre as 27 unidades da Federação.

O Estado aparece nas últimas colocações em Solidez Fiscal (23º), Educação (25º), Infraestrutura (25º), Segurança Pública (25º), Sustentabilidade Social (26º) e Eficiência da Máquina Púbica (27º).  Com relação à Solidez Fiscal, os dados são preocupantes em Dependência Fiscal (26º), Sucesso do Planejamento Orçamentário (26º) e o Resultado Primário (que caiu 21 posições, ficando em 25º).  Esse dado é importante porque trata-se de um dos principais indicadores da política fiscal do governo.

Enquanto isso, os empresários de transporte apontam uma dívida de R$ 60 milhões em pagamentos atrasados desde setembro do ano passado, provocando endividamento generalizado da categoria, com veículos financiados retomados por bancos e, o que é pior, com a iminente interrupção dos serviços em todo o Estado, o que seria um golpe fatal na formação de alunos da zona rural da Capital, municípios do interior e comunidades indígenas.

A Educação aparecendo na 25ª colocação no Ranking dos estados é reflexo do que já vinha do governo anterior, marcado por seguidos escândalos, cuja situação se complicou no atual governo a partir da pandemia, quando escolas não conseguiram reiniciar o ano letivo por falta de reforma dos prédios ou mesmo de transporte escolar,  golpeado por sérias denúncias de corrupção. Foi um festival de denúncias.

Em 2018, a Polícia Federal realizou uma operação para desarticular um grupo acusado de desviar recursos da merenda escolar, com um rombo que chegava a R$5 milhões só naquele ano, sabendo que o esquema remontava a 2016. No mesmo ano, a PF desencadeou outra operação para investigar desvio de R$70 milhões no transporte escolar, que contava com a participação de uma então recém-eleita deputada.

Não é preciso de muito argumento diante do que o Ranking revela, desnudando o discurso dos políticos de que está tudo bem, pois os dados mostram a realidade oculta e chamam as autoridades para que assumam suas responsabilidades. Os empresários do transporte escolar não conseguem mais esconder a realidade. Se esta bomba estourar, quem vai pagar o pato, mais uma vez, são os estudantes, que já vêm sendo penalizados desde governos passados.

Quem vai agir?

 *Colunista

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