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Prefeito diz que não haverá Micaraima

O motivo seria o corte de gastos públicos em meio aos problemas na saúde, segurança e financeiros da cidade

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Os conflitos no município de Pacaraima, fronteira com a Venezuela, foi tema de entrevista no Programa Quem é Quem. A radialista Cida Lacerda entrevistou o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato. 

Durante a entrevista, Torquato relatou o cancelamento da programação do Micaraima, festa de carnaval do município que estava previsto para os dias 15 e 16 de março.

O motivo seria o corte de gastos públicos em meio aos problemas na saúde, segurança e financeiros da cidade, e havia sido recomendado pelo Ministério Público de Roraima (MPRR), além dos atuais conflitos que a cidade enfrenta.

“Durante os últimos cinco dias após a fronteira ser fechada, houve uma série de conflitos, manifestantes que jogavam pedras contra a Guarda Nacional Venezuelana, e outras foram atingidas por armas de fogo e precisaram ser transladadas de Santa Elena para os hospitais em Roraima. Foram cerca de doze remoções e algumas pessoas que vieram a óbito. Ou seja, foi um período muito conturbado para os moradores do munícipio de Pacaraima” explicou.

A reabertura da fronteira foi tema de uma reunião com o prefeito de Pacaraima, o Governador de Roraima e o governador do Estado de Bolivar, Justo Nogueira, essa semana. 

“Nós fizemos essas tratativas e tentamos o diálogo com ele, e ele ficou de repassar essas questões para o presidente Nicolas Maduro, mas até agora não tivemos uma resposta” disse. 

Para o prefeito, o fechamento da fronteira tem trazido prejuízos não só para Pacaraima, mas para o comércio brasileiro. 

“Muitos comerciantes que trabalham formalmente e informalmente tem sofrido com essa situação, por que muitos venezuelanos atravessavam a fronteira para fazer comprar na nossa cidade que abastecia toda essa região” explica. 

Ele explica que nos últimos anos, o fluxo imigratório acabou fortalecendo o comércio local. “Existe uma crise que atinge o resto do país, mas para a nossa cidade essa crise não existiu, por que houve um aumento muito grande de comerciantes, principalmente na área de gêneros alimentícios, e toda essa gama de trabalhadores vem perdendo com o fechamento da fronteira, não só em Pacaraima, mas para Roraima como um todo, onde vem sendo instalada muitas empresas que exportam para a Venezuela” disse.

Outra preocupação, é a produção de soja, que deve haver um reajuste de preços já que muitos dos insumos agrícolas vem da Venezuela. 

“Nós já começamos o período de planejamento do plantio da soja para esse ano, e sabemos que a matéria prima que é o calcário vem da Venezuela, ou seja, outro prejuízo” , finalizou.

Confira a entrevista

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